Escocês que foi paciente mais grave de COVID-19 no Vietnã recebe alta

Piloto Stephen Cameron chegou a mobilizar doadores de pulmão para salvá-lo; país do sudeste asiático segue sem mortes provocadas pelo coronavírus

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O paciente de COVID-19 que, durante semanas, mobilizou o Vietnã, foi liberado do hospital no sábado (11) e retornou à sua terra natal, a Escócia. O piloto britânico Stephen Cameron passou várias semanas em coma e chegou a ser alvo de uma campanha de doação de pulmão, na tentativa — vitoriosa, agora — de manter o país com estatística de zero mortes provocadas pelo novo coronavírus.

Conhecido como paciente 91, Cameron, de 43 anos, piloto da Vietnam Airlines, recebeu um certificado afirmando que estava livre da doença, após uma longa e árdua batalha contra doença.

“Estou impressionado com a generosidade do povo vietnamita. E, com a dedicação e profissionalismo dos médicos e enfermeiros aqui no hospital Cho Rây e nos hospitais de doenças tropicais”, disse Cameron à imprensa local ao deixar o hospital na cidade de Ho Chi Minh.

Mais de 100 dias no hospital

O piloto contraiu o novo coronavírus em março passado e ficou hospitalizado por mais de 100 dias. Durante dois meses, ele esteve em coma, do qual emergiu no final de maio.

A evolução do paciente foi acompanhada de perto no Vietnã. País que, com sua estratégia de contenção de doenças e rastreamento exaustivo de novos casos, conseguiu recuperar a normalidade interna. Com um total de 370 casos e sem mortes até o momento.

Vietnã tem zero mortes por COVID-19

Diante de sua rápida deterioração, poucos dias após o início dos sintomas de COVID-19, em 13 de março, e de tentativas vãs dos médicos de revivê-lo, as autoridades de saúde do país se mobilizaram para salvar a vida do britânico. Cuja sobrevivência se tornou um uma questão de orgulho nacional.

Cameron foi acompanhado por um médico e uma enfermeira durante sua jornada para a Escócia, concluída em sete fases, de acordo com o Vietnam News.

“Fico feliz em voltar para casa. Mas, também me entristece. Porque deixo tantas pessoas aqui que se tornaram meus amigos e a quem quero agradecer novamente”, disse o paciente à imprensa local.

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Colaborador

Do R7 / Foto: Getty Images