Estados norte-americanos acusam rede social de prejudicar a saúde mental dos jovens

Processos acontecem num momento em que o 'Tik Tok' corre o risco de ser suspenso do país

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Quatorze estados norte-americanos apresentaram, recentemente, ações judiciais contra a rede social de vídeos curtos ‘Tik Tok’, atualmente controlada pela empresa chinesa ByteDance.

A principal acusação gira em torno do aplicativo estar ‘aprisionando’ usuários jovens, crianças e adolescentes, causando danos à saúde mental deles.

Os processos exigem medidas corretivas e sanções financeiras, e acontecem num momento em que a plataforma corre o risco de ser suspensa nos Estados Unidos se não mudar de proprietário.

Saiba quais são os recursos ‘viciantes’:

Em um comunicado oficial à imprensa, o procurador-geral da Califórnia, Rob Bonta, disse que ‘a investigação revelou que o Tik Tok cultiva a dependência das redes sociais para aumentar os lucros’.

Ele ainda ressaltou que a plataforma ‘visa intencionalmente as crianças porque sabe que elas ainda não têm as defesas ou a capacidade de impor limites saudáveis a conteúdos viciantes’.

Entre os recursos da plataforma que são listados como prejudiciais e ‘viciantes’ estão: rolagem infinita da tela, filtros de beleza, reprodução automática, ‘curtidas’ e alto número de notificações no celular.

A empresa pontuou as alegações como imprecisas e enganosas. Agora, tenta barrar na justiça a ameaça de proibição nos Estados Unidos, onde possui 170 milhões de usuários.

O que é a rolagem infinita:

O uso abusivo patológico dependente de telas é um perigo real para a sociedade atual. O que chama atenção, e preocupa também os especialistas, é que alguns recursos de sites e redes sociais, como a rolagem infinita, são mecanismos que causam dependência. E, até mesmo, geram quadros de ansiedade e depressão.

A rolagem infinita é um mecanismo no qual o indivíduo começa a navegação na parte de cima da página e continua rolando os conteúdos de forma ilimitada. Isso, sem a necessidade de clicar em algum botão para carregar mais.

Em 2021, o CEO da Apple, Tim Cook, chegou a comentar que estava realmente preocupado com a “rolagem sem fim e sem sentido”. Em 2018, o próprio criador do mecanismo, Aza Raskin, disse lamentar o que a sua invenção fazia para a sociedade. O objetivo era facilitar, mas, infelizmente, acabou mantendo os usuários conectados pelo maior tempo possível.

Como pais e responsáveis podem agir:

É importante ficar atento a sinais como o excesso de tempo dedicado ao uso da internet. Bem como a motivação e a importância destinadas à necessidade de se conectar e usar dispositivos.

Por isso, o papel dos pais e responsáveis é fundamental para estabelecer limites e acompanhar o acesso das crianças e adolescentes à internet. Sem hesitação ou remorso. A fim de evitar que eles gastem tempo excessivo nas redes sociais e outros aplicativos.

É preciso acompanhar o que estão consumindo e também o que estão produzindo de conteúdo na internet. Caso necessário, os pais devem ativar recursos de segurança que os próprios sites e aplicativos oferecem. Assim como o ‘controle parental’ que vincula contas e aparelhos utilizados e disponibiliza uma senha apenas aos responsáveis.

Receba mais orientações:

Você quer receber mais orientação sobre esse e outros temas pertinentes ao desenvolvimento das crianças e adolescentes?

Procure uma Universal mais próxima e conheça o trabalho desenvolvido com as crianças através da EBI (Escola Bíblica Infantil)). Além de orientá-las sobre a importância de dar atenção aos ensinamentos de seus pais, também oferece dicas aos responsáveis.

Ou busque mais informações das ações realizadas pelo grupo Força Teen Universal (FTU), que auxilia milhares de adolescentes em temas relacionados a esta fase da vida, além das questões físicas, sociais e espirituais.

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Redação / Fotos: iStock