Estar no anonimato entristece você?

Saiba o que realmente importa para Deus e o que Ele espera daqueles que querem agradá-Lo

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Você já observou que tudo aquilo que nossos olhos veem e admiram existe por causa de ações que nem sequer imaginamos e nem mesmo valorizamos? Pense nas flores. Elas embelezam o ambiente e nos encantam. Contudo sua existência só é possível, dentre tantas coisas, pelo fato de um inseto como as abelhas levarem o pólen de uma planta para a outra, o que promove o florescimento. Esse é só um dentre tantos exemplos que podemos citar a respeito de ações pouco lembradas, mas fundamentais para a execução de outras muito visíveis e admiradas por todos.

No serviço oferecido a Deus podemos notar isso também. No passado, a maioria das atividades que envolviam o serviço sagrado era visível. A própria vestimenta do sacerdote, o ato de dar acesso ao Tabernáculo e, posteriormente, adentrá-lo, receber os ofertantes, inspecionar as ofertas, interceder por cada um deles, sacrificar os animais e colocá-los sobre o Altar de Sacrifício, tirar as brasas dEle e levá-las ao Altar de Incenso eram visíveis. Contudo havia um serviço fundamental realizado todas as noites, em oculto no Tabernáculo e, posteriormente, no Templo, que passava despercebido aos olhos humanos: manter a luz da Menorá (um candelabro de sete braços) acesa noite e dia, como descrito nas Sagradas Escrituras: “Ordena aos filhos de Israel que te tragam azeite puro de oliveira, batido, para o candelabro, para que haja lâmpada acesa continuamente.” (Levíticos 24.2).

Em seu blog, o Bispo Júlio Freitas, responsável pelos Obreiros da Universal em todo o Brasil, destaca que, apesar de simples, este serviço era de suma importância e exigia empenho da parte dos que o executavam, pois, para manter as lâmpadas do candelabro acesas por toda a noite, aqueles que o faziam deveriam se manter acordados para que, à medida que o azeite fosse acabando, pudessem repô-lo. Entretanto há outro detalhe: nesta época não existiam despertadores. Então, a única maneira de executar com precisão este serviço santo era mantendo-se acordado, em pé, e em constante movimento.

Você pode se perguntar como eles faziam para ficar assim durante toda a noite. O Bispo Júlio responde: “investindo no relacionamento pessoal com Deus, por meio da leitura, da meditação, intercedendo pelo povo do Altíssimo, louvando e adorando o Deus Vivo”.

A alegria do verdadeiro servo
O Bispo Júlio alerta para o pensamento falho de achar que serviços realizados de modo anônimo são menos importantes ou não merecem cuidado, atenção, dedicação e santidade como os demais que aparecem aos olhos de todos, como participar dos programas de TV e de rádio, evangelizar, atender as pessoas ou realizar reuniões, por exemplo.

Para os que possuem esse pensamento, ele pede que despertem para o fato de que a realização de todos esses serviços depende de algo que é alcançado de modo invisível aos olhos das pessoas. “Todos esses serviços mencionados acima são dependentes da Luz (entendimento, direção, inspiração, poder e comunhão com o Espírito Santo). Sem essa Luz, estamos nas trevas. E, mesmo que estejamos na Igreja, nós acabamos colocando em risco a nossa Salvação e a Salvação dos que estão ao nosso redor e comprometendo a seriedade, a disciplina e a santidade da Obra de Deus.”

O servo de Deus não fica alegre quando é visto, reconhecido ou recebe “grandes” responsabilidades. A alegria dele está no fato de conhecer e servir ao Seu Senhor e poder ser útil em Suas mãos, seja onde for. Aliás, quando o Senhor Jesus relatou como será o “grande dia”, também alertou que muitos relatarão as obras que fizeram em Seu Nome, mas que Ele declarará que não os conhece. Em outra passagem bíblica, quando os discípulos voltavam alegres por terem expulsado demônios, Jesus os advertiu a se alegrarem não por aquela atitude, mas pelo fato de seus nomes estarem escritos no Livro da Vida, ou seja, a maior alegria de uma pessoa deve estar no fato dela conhecer a Deus e ter intimidade com Ele. E conhecê-Lo e servi-Lo é o que importa, independentemente da posição e do reconhecimento alheio.

E, por reconhecerem isso, essas pessoas bendizem ao seu Senhor: “Eis aqui, bendizei ao Senhor todos vós, servos do Senhor, que assistis na Casa do Senhor todas as noites.” (Salmos 143.1). “Tudo o que fazemos na Obra de Deus, para Ele, é motivo para bendizermos e jamais, em tempo algum, maldizermos. Se os outros agradecem ou não, reconhecem ou não, não importa. O que importa é que fizemos para Deus e não para os outros verem e reconhecerem”, finaliza o Bispo Júlio.

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Colaborador

Núbia Onara - Foto: Getty Images