Estresse afeta quase 90% da população mundial

23 de setembro é o Dia Mundial de Combate ao Estresse. Saiba como lutar contra esse mal

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Vinte e três de setembro é o Dia Mundial de Combate ao Estresse, quando são realizadas ações voltadas à conscientização e alertas contra esse mal. A Organização Mundial da Saúde (OMS) intitulou a enfermidade de Doença do Século 20 e aponta que se trata de uma epidemia que afeta quase 90% da população mundial, ou seja, 7,3 bilhões de pessoas.

A psiquiatra Carmen Sylvia Ribeiro, coordenadora do departamento científico de psiquiatria da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas e presidente da federada Campinas da Associação Brasileira de Psiquiatria, explica que “do ponto de vista fisiológico, é uma resposta adaptativa do nosso organismo para enfrentar adversidades. Todo o nosso organismo se reorganiza frente a adversidades, sejam elas físicas, psicológicas ou ambientais, para criar uma estrutura adequada de enfrentamento”.

Ela diz que sintomas psicológicos ou psiquiátricos são manifestações da doença. “No extremo do estresse podemos apresentar ansiedade, estados depressivos e de angústia. Ao experimentar situações graves podem ocorrer transtornos de estresse pós-trauma, que está relacionado a uma manifestação física, psicológica ou psiquiátrica que ocorre após acidentes, sequestros ou eventos catastróficos. Então, existem inúmeras manifestações do estresse que podem acontecer em diferentes aspectos do nosso funcionamento”, observa.

Para combater o estresse, ela recomenda primeiro evitar as causas, os gatilhos e fatores de risco. “Segundo, buscar ajuda, aconselhamento ou avaliação de profissionais que estão relacionados ao cuidado da repercussão do estresse patológico, como, por exemplo, ansiedade grave”, orienta.

Ela afirma ainda que “existem vários estudos demonstrando que as pessoas que são mais solitárias, que vivem isoladas e que mantêm aquela rotina trabalho-casa têm mais chances e maior risco de desenvolver distúrbios cognitivos na idade mais avançada e até mesmo alguns tipos de demência. Então, a convivência com as pessoas é um fator protetor para a nossa fisiologia cerebral e também a exigência adaptativa de estar na convivência com as pessoas é um fator propício para que o nosso desempenho cerebral seja mantido intacto”, conclui.

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Colaborador

Eduardo Prestes / Arte: Edi Edson