“Eu curti de tudo: drogas, bebidas e orgias”

Veja como Ana Cláudia França Lisboa mudou sua vida e se livrou dos espíritos malignos que a influenciavam

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D urante a infância e parte da adolescência, Ana Cláudia França Lisboa, de 51 anos, frequentou a Universal, onde até se tornou obreira. Entretanto, depois de se casar, ela se afastou da Igreja. “Completei 15 anos e me casei com uma pessoa que não era da fé. Porém, depois de oito anos casada lutando por minha vida amorosa, a relação não deu certo”, afirma ela, que teve uma filha dessa união.

O divórcio abriu caminho para uma mudança radical na vida dela: “eu me separei e foi aí que me desviei. Eu curti de tudo: drogas, bebidas e orgias. Primeiro comecei pelo loló (variante do lança-perfume), depois a maconha, o haxixe e a cocaína. Eu me aprofundava cada dia mais naquela vida, pois me sentia muito frágil. Daí conheci pessoas do meio que serviam a entidades e passei a servi-las também”, diz.

Ela conta que as “entidades” aparentemente passavam a ela uma sensação de bem-estar. “Eu vendi um carro para fazer trabalho porque eu não tinha mais em que gastar. Tudo vinha nas minhas mãos, mas era mesmo para investir na minha aparência e naquelas festas, mas eu não conseguia me estabilizar em nenhum trabalho. Passei a beber de segunda a segunda e minha filha adolescente presenciava tudo. Uma vez, dirigindo bêbada em uma rodovia federal, eu quase bati de frente com um caminhão. Eu perdi a reputação no bairro em que morava e era muito malvista por conta da vida que eu levava.”

Ana Cláudia admite que não tinha forças para se libertar, mas, depois de chegar embriagada de uma balada, o vazio que sentiu foi insuportável. “Nunca me esqueço daquele dia: eu me ajoelhei aos pés da cama, comecei a chorar e adormeci. Acordei com o desejo de ir à Igreja. Fui sozinha, ninguém me levou. A Igreja estava vazia e encontrei um pastor. Eu passei a ir quase todos os dias à Igreja. Comecei a abandonar o que me afastava de Deus e Ele me libertou e me deu o Espírito Santo”, lembra.

Mesmo tendo conhecido seu marido, Jesse Benigno Lisboa, de 57 anos, na Universal, ela afirma que não foi lá atrás de bênção para a vida amorosa. “Eu queria ficar livre daquela escuridão que estava dentro de mim, me libertar, pois eu já sabia o caminho e o que tinha que fazer e só não fazia”, avalia.

Ela conta que o marido também orou por sua mudança. “Ele era obreiro e estava na Universal no dia em que voltei à Igreja. Depois que começamos a namorar, ele me falou que tinha feito um propósito com Deus. Se eu fosse a pessoa que Deus queria para ele, eu voltaria para a Obra”, detalha, acrescentando que o sinal divino veio quatro anos depois. Juntos, hoje eles atuam para salvar almas.

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Colaborador

Eduardo Prestes / Fotos: Cedidas