“Eu estava vazia e procurava um motivo para não ir à igreja”

Fora de casa e rodeada de pessoas e festas, Ariane Macedo Rosa vivia de aparência

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A administradora de empresas Ariane Macedo Rosa, de 29 anos, se afastou da Presença de Deus aos 14 anos. Vivendo de altos e baixos, ela voltou a firmar um compromisso com Ele só aos 26 anos. Ela relata como o distanciamento aconteceu: “meu afastamento ocorreu quando minha mãe me disse que eu passava muito tempo na Igreja. Então, respondi que não iria mais. A culpa não foi dela, mas minha. Eu estava vazia e procurava um motivo para não ir à Igreja”.

Ela conta que o brilho ilusório do mundo passou a encantá-la. “Na adolescência, tive minha curiosidade despertada. Comecei a ir a festas, a beber e a fumar escondido. Eu achava que estava sendo a melhor pessoa do mundo ao fazer o que os outros faziam.” Ariane teve o primeiro coma alcoólico aos 15 anos, mas houve outros. “Depois desse coma passei por outros, inclusive com colapso de memória. Quando eu bebia, era em excesso. Eu não media as consequências. Depois também vieram rachas de carros, pagodes e fluxos (bailes funk “espontâneos” nas ruas). Eu frequentava um baile cujo nome era inferninho.”

LIVRAMENTO
Em 2009, ela sofreu uma tentativa de sequestro e, então, se lembrou de Deus. “Fui para o pagode e, na volta para casa a pé, estava com uma colega e, quando olhamos para trás, vimos um moço correndo. Quando sugeri a ela que corréssemos, ele nos mandou parar. Tivemos de andar com ele mais de uma hora em um lugar deserto. Nesse dia, lembrei que Deus existia. Passou um carro de polícia e consegui me soltar dele.”

ESTALO
Em 2011, um relacionamento complicado trouxe mais problemas para Ariane. “Conheci um rapaz no pagode que queria muito uma namorada que frequentasse à Igreja. Então, voltei a frequentar a Universal por causa dele. Foram dois anos e meio de namoro sem turbulências e outros dois anos e meio marcados por traições e outras decepções.”

Naquele período, ao tentar firmar um compromisso com Deus, ela percebeu que o namorado queria alguém que fosse da igreja, mas não de Deus. “Ele falou que eu estava ficando louca. Então, eu disse que não nos veríamos mais. Quando ele me perguntou se eu escolhia a Igreja, afirmei que escolhia Deus. Três meses depois, descobri que estava grávida e fiquei sem chão.”

A decisão de se entregar a Deus aconteceu quando sua filha estava com seis meses e ela revela por que foi difícil: “nunca fui sincera com ninguém e as minhas mentiras eram tão grandes que até eu acreditava nelas, mas eu também pensava como seria possível dar algo sincero a alguém agindo assim. Daí, a ficha caiu e eu quis mudar.”

TRANSFORMAÇÃO
Sua transformação aconteceu em um Jejum de Daniel. “Fiz tudo o que não fiz em 26 anos. Recebi o Espírito Santo e tudo mudou. Antes, quando eu estava fora de casa, era uma pessoa, mas da porta para dentro era outra: triste, briguenta, dona de mim e da razão. Hoje, é visível o quanto Deus me transformou. Sou feliz e completa”, diz.

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Colaborador

Flavia Francellino / Fotos: Arquivo Pessoal