“Eu lembrei que Deus confunde os sábios”

Ele obteve a cura, que era impossível, para uma doença de pele

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Wellington Pereira dos Santos, de 38 anos, é assistente operacional em logística e trabalha para uma empresa que presta serviços para diversos órgãos públicos na cidade do Rio de Janeiro, como prefeitura e Polícia Militar, entre outros. Em 2012, ele começou a notar que tinha algumas feridas na barriga, na região do umbigo. “Como era uma época de muito trabalho na empresa, período do Natal até o carnaval, eu não dei muita importância. Com o passar do tempo, percebi que mais feridas apareceram e fui ao médico. Ele disse que se tratava de um problema dermatológico”, recorda.

Wellington Pereira dos Santos, de 38 anos, é assistente operacional em logística e trabalha para uma empresa que presta serviços para diversos órgãos públicos

Mas, passado um ano, a situação tomou tal proporção que Wellington tinha dificuldades até para trabalhar. “As feridas inflamavam e, como eu não transpirava, minhas pernas ficavam inchadas e a pele escamava muito rápido. Os médicos falavam que era uma autodefesa do corpo, pois a pele tentava cobrir as feridas. Um dos médicos com os quais me consultei indicou um hospital especializado.”

Para ir aos médicos, Wellington já evitava o transporte comum. “Eu pegava um ônibus executivo. Como a minha pele escamava muito e exalava um odor ruim, eu me cobria todo, inclusive a cabeça. Uma senhora, que sentou ao meu lado, percebeu as marcas na minha pele e se encolheu no banco. Eu falei para ela que não era contagioso, mas me senti envergonhado”, revela.

Os médicos que atenderam Wellington nunca tinham visto um caso tão grave quanto o dele. “Eu tive um surto de psoríase, três tipos da doença ao mesmo tempo. Meus exames foram encaminhados para a Fiocruz. Chegaram a me dar a opção de tomar uma vacina que custava R$ 7 mil. Eu teria que tomar duas doses por mês, mas eu não tinha dinheiro para bancar uma dose quanto mais duas por mês”, conta.

Quando o resultado dos exames chegou, os médicos descartaram a vacina. “Minha pele estava tão lesionada que eu não podia usar pomadas ou cremes e também não podia fazer o tratamento de banho de luz, o que poderia causar câncer de pele. Minha imunidade baixou de 40% para 3%. A glicose e o triglicérides estavam altíssimos. Pelo risco de infecção, não queriam me manter internado e me mandaram para casa”, lembra.

Afastado do trabalho, ele não saía da cama nem para fazer as necessidades fisiológicas. A esposa, Aline do Carmo Pereira dos Santos, de 39 anos, o ajudava. “Vendo o desespero dela, eu me acovardei a ponto de pedir a Deus que tivesse misericórdia e permitisse que eu morresse. Certa manhã de domingo, apareceram dois obreiros na minha casa. Eu não queria recebê-los, mas eles insistiram. Um deles disse que tinha um recado de Deus para mim: ‘não adianta você pedir a Deus para morrer. Deus falou comigo em sonho. Essa doença não é para morte. Ela é para glorificar o nome do Senhor Jesus.’”

O obreiro disse a Wellington que ele não estava orando o suficiente. “Ele me entregou uma garrafa com o tratamento da água e disse que eu tinha que me revoltar contra essa doença que estava dentro de mim para expulsá-la. Eu orei como nunca tinha orado e levantei da cama. Minha perna não inchou nem doeu. Em três semanas, as feridas começaram a se fechar e os pelos nos braços voltaram a crescer.”

Depois de jogar fora o colchão em que dormia, Wellington foi se consultar com o médico novamente. “Ele não me reconheceu, perguntou se eu era realmente o Wellington, se eu tinha tomado alguma vacina ou ido a outro médico. Eu disse a ele que só tinha usado a minha fé, com uma garrafa de água, ele não acreditou e pediu para que eu repetisse todos os exames e todos estavam normais. Nessa hora, eu lembrei que Deus confunde os sábios. Me pediram para fazer acompanhamento médico todo mês, mas já faz seis anos que não apareço”, comemora.

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Colaborador

Eduardo Prestes / Fotos: Cedidas