“Eu perdi a minha dignidade”

Christian Carelli se deixou levar pelos prazeres do mundo, conheceu a cocaína e teve de lidar com dívidas, perda de bens e o afastamento da família

Imagem de capa - “Eu perdi a minha dignidade”

Christian Carelli, gerente de vendas, hoje com 35 anos, carrega uma história de superação. A infância dele foi marcada por dificuldades financeiras e conflitos familiares. “Meu pai sofreu um golpe em uma sociedade e perdeu todo o patrimônio, incluindo apartamento, casa, carros, dinheiro e uma empresa”, relembra. “Tivemos dificuldade para comer e fomos despejados de duas casas.”

Essas experiências deixaram marcas dolorosas em Christian. “Meu pai bebia muito, minha mãe o trancava do lado de fora de casa porque ele chegava bêbado”, diz. Crescendo em meio a tensões, Christian se tornou um adolescente revoltado. “Meus pais me prendiam muito em casa. Eu falava para eles que quando eu chegasse à maioridade eu conheceria tudo de uma vez só e foi o que eu fiz,” afirma.

Apesar de todas as turbulências, uma nova esperança surgiu para a família quando seus pais conheceram a Universal. “Meus pais chegaram à igreja por meio dos programas da televisão e minha irmã e eu, que ainda éramos crianças, os acompanhamos”, conta. Christian começou a frequentar a Escola Bíblica Infantil (EBI) e depois a Força Jovem Universal (FJU), onde permaneceu até os 16 anos. Entretanto, a curiosidade pelo mundo crescia dentro dele. Aos 17 anos, ele se afastou da igreja. “Na verdade, eu
conhecia a igreja, participava dos eventos, mas não tinha tido um encontro com Deus”, explica.

“Eu perdi a minha dignidade”A falta de conexão com a fé o levou a buscar o que o mundo oferecia, especialmente no futebol, paixão que o levou a uma torcida organizada e, posteriormente, à liderança do grupo. Foi nesse ambiente que Christian começou a se envolver com drogas: “o uso começou de forma recreativa, passei a fumar cigarro e depois conheci a cocaína”.

O que parecia uma diversão ocasional rapidamente se tornou uma dependência devastadora, que o levou à perda de bens materiais, como carro e dinheiro, e de outras coisas da vida. “O vício me fez perder o que eu tinha conquistado com muito sacrifício e adquirir dívidas, mas o pior foi o fato de perder a minha dignidade”, afirma.

O ápice da crise aconteceu após várias brigas e episódios de violência, quando sua esposa decidiu sair de casa levando o filho do casal. “Eu fiquei sozinho em uma casa pequena, sem nada, sem família, totalmente desacreditado.” Afundado em depressão e sem perspectivas, Christian viu nas drogas um consolo, mas sua mãe, que sempre esteve na fé, nunca desistiu dele. “Minha mãe sempre fez votos por mim, ela lutava pela minha alma”, conta. Em meio à escuridão, Christian relata que o convite de um pastor para que ele fosse a uma igreja mudou sua vida. Mesmo se sentindo perturbado, ele começou a frequentar as reuniões na Universal.

A transformação foi gradual, mas definitiva. Christian abandonou velhos hábitos, amizades e atitudes que o afastavam da fé e prometeu nunca mais se envolver com nada ilícito. O batismo nas águas marcou o início de uma nova fase, em que ele decidiu recomeçar do zero. “Eu me humilhei e aprendi tudo novamente.” A partir daí, Christian se comprometeu integralmente com a fé, até que recebeu o Espírito Santo.

Hoje, Christian reconstruiu sua família, casou-se novamente com sua esposa, a recrutadora Patricia Zaggia Carelli, de 35 anos, e conquistou uma posição de liderança em seu trabalho. “Aquela pessoa que não podia pegar um real na mão hoje cuida do dinheiro dos patrões,” celebra.

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Colaborador

Kaline Tascin / Fotos: Cedidas