“Eu posso afirmar que morri”
Durante consagração, bispo William Lara relata sua experiência
Apesar da pouca idade, William Jefferson de Lara Campos, de 35 anos, garante que já viveu muita coisa nessas mais de três décadas. Ele, que é o mais novo bispo da Universal, foi consagrado no último dia 11 de outubro, no Altar do Templo de Salomão.
Durante a cerimônia, o novo bispo fez questão de ressaltar aos presentes uma experiência marcante que viveu, da qual, garante, jamais se esquecerá.
Segundo contou, devido à correria do dia a dia, ele se descuidou da saúde e, por isso, chegou a pesar 130 kg. O bispo William, que na época ainda estava como pastor, teve que passar por uma intervenção cirúrgica e, durante o procedimento, houve um erro por parte dos médicos. Após algum tempo, ele teve que retornar à sala de cirurgia.
Mas, os problemas não pararam por aí; durante a operação, uma bactéria entrou em sua corrente sanguínea causando falência múltipla dos órgãos. “Me faltou o ar, comecei a sentir uma dor terrível, desmaiei e eu posso afirmar que naquele momento eu morri”, relatou.
Veja no vídeo abaixo o testemunho completo do bispo William:
A oportunidade que veio Deus
Casado há 14 anos com Ana Alice Araújo de Lara Campos, de 31, o bispo William foi designado para cuidar do trabalho evangelístico da Universal na Índia. Durante os 19 anos que prega a Palavra de Deus, ele já passou por vários municípios de São Paulo, a exemplo de São Caetano, Santo André, Guarulhos, Francisco Morato, e pelas cidades do interior paulista, Atibaia e São José do Rio Preto, além dos bairros da Lapa (zona oeste) e do Brás (zona leste). A oportunidade de pregar o Evangelho também foi lhe dada nos estados do Pará, Minas Gerais e em outros países como a Colômbia e Guiné Equatorial.
Após sua experiência, o até então pastor, foi chamado para fazer parte do episcopado, do qual, de imediato, aceitou com muita alegria. Durante uma entrevista concedida ao site Universal.org, o bispo conta um pouco mais de sua história na obra de Deus.
Site: Como era a vida do senhor antes de conhecer Jesus?
Era um jovem cheio de frustrações por ser sempre o menor da turma. Meus irmãos mais velhos tinham seus amigos da mesma idade e eu no meio deles era o garotinho desprezado, então, precisava fazer coisas piores do que eles para ser aceito. Beber mais que eles, fumar mais, ter mais garotas, aguentar as madrugadas, enquanto outros eram vencidos pelo cansaço, etc. Eu tinha ambições malignas, queria estudar Química para desenvolver novas doenças e, assim, ser o único dono da cura para tal doença. Assim enriqueceria facilmente.
Site: E como foi que O conheceu?
Minha avó foi vítima de feitiços contra a família e faleceu com doenças inexplicáveis pela medicina; em seguida os mesmos sintomas dela passaram para a minha mãe. Como vimos a morte chegando pouco a pouco com minha avó, passamos a viver em uma contagem regressiva para a morte da minha mãe também. Desesperada, ela começou a bater em todas as portas: fez tratamentos e cirurgias espirituais, promessas, porém, tudo sem sucesso.
Um dia indicaram a Universal e ela acabou aceitando. Com uma só oração ela ficou totalmente curada. Eu dizia que não acreditava em Deus, mas, diante do que vi acontecer com ela, e de como ela mudou por dentro, aceitei o desafio: “Se você for comigo e não ver nada, não precisa voltar nunca mais!”, disse para mim. Fui em uma sexta-feira, naquele mesmo dia tive uma experiência com Deus, e já no domingo estava me batizando nas águas.
Site: O que significa para o senhor essa consagração? E como foi receber a notícia?
Ela é um testemunho de que os critérios de Deus para escolher alguém continuam os mesmos do passado: Ele escolhe as coisas fracas, desprezadas, rejeitadas, para que ninguém se vanglorie na presença d’Ele. Ali deitado no Altar, no momento da consagração, passou um filme na minha mente, de todas as lutas, perseguições, calúnias, mas a certeza de que “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus”. Só me veio à cabeça o versículo de Romanos 9:16 “Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece.” E pensei: como poderia um garotinho desprezado, frustrado, agora ser chamado ao episcopado?
Site: O que o senhor espera para este novo chamado na Índia?
Quando o bispo me disse: “Você vai para a Índia”, os meus olhos brilharam e o meu coração se alegrou, porque a história dos heróis da fé nos ensina que Deus nunca mostrou o tamanho da dificuldade e, sim, o tamanho da vitória pela frente. A Índia tem mais de 330 milhões de “deuses”, e daí? Lá também tem 1,3 bilhões de almas! Então vale a pena enfrentar esse Faraó, esse Golias, essa Jezabel, para salvar esse povo.
Eu aprendi com o bispo Macedo uma frase que em todo o meu ministério usei e ensinei aos servos de Deus. “Se Deus dá a missão, Deus dá a condição!”