“Eu vendi tudo que eu tinha para sustentar o vício”
Veja como Marcos Vinícius Mota de Souza mudou as perspectivas para sua vida e se afastou das drogas e do crime
Marcos Vinícius Mota de Souza tem 29 anos e trabalha como vendedor autônomo. Nascido em Poço Verde (SE), ele se mudou com a mãe para a Bahia, onde seu nascimento foi registrado aos dois meses de vida. Como sua família vivia em vulnerabilidade social, Marcos estudou só até a quinta série. Na adolescência, por influência de amigos, ele começou a beber cerveja. “Com 14 anos, conheci a maconha; com 16 anos, a cocaína; e com 21 anos entrei de cabeça no mundo do crime, me envolvi com assaltos e com o tráfico de drogas”, revela.
Ele conta que foi preso com outras duas pessoas e detalha esse episódio: “a gente tinha saído de uma casa abandonada e, de repente, veio a abordagem policial. Nos pegaram com uma balança, umas ‘troças’ de maconha e 45 cápsulas de cocaína. Estávamos perto de embalar a droga e só não pegaram armas na nossa mão porque elas estavam em outro lugar. Fiquei preso na delegacia durante três semanas. Eu seria encaminhado para o presídio, mas o advogado que minha avó contratou conseguiu a minha soltura”.
Marcos diz que antes de entrar para a criminalidade não era viciado em drogas, o que mudou à medida que ele se envolveu cada vez mais com atividades suspeitas: “não faço ideia da quantidade de droga que eu usava todos os dias, mas chegou um ponto em que vendi tudo que eu tinha, calçados e roupas, para sustentar o vício. Lembro que, nessa época, eu tinha uma moto e a vendi, fiz uma tatuagem e o restante gastei em drogas. Gastei tudo em menos de uma semana”.
Ele estava totalmente sem perspectivas, até que recebeu um convite. “Do nada, um colega do crime que estava frequentando a Universal me convidou para ir à igreja. Na primeira vez que fui, o próprio Deus me deu a direção para que eu ficasse na Universal. A primeira coisa que eu vi mudar na minha vida é que eu não sentia mais desejo de usar drogas. Passou um mês e me batizei nas águas. Deus usou o meu amigo para mudar a minha vida. Até os outros colegas de crime me incentivavam para que eu continuasse indo à Universal, até que larguei o crime”, lembra.
Ele hoje é casado, recebeu o Espírito Santo e é voluntário na Obra de Deus na Universal. Para quem está vivendo uma situação semelhante à dele no passado, Marcos aconselha que confie em Deus totalmente: “Deus está de braços abertos para receber você como no dia que me recebeu. Eu era um caso perdido, não sabia conversar com as pessoas e era muito ignorante. Sou um novo Marcos e tenho paz. Hoje eu ando em qualquer lugar de cabeça erguida, pois sei que Deus vai me honrar e está comigo”, finaliza.