“Eu vivia para agradar às pessoas”

Em busca de aceitação, Juliana Oliveira Domingos se submeteu até a um relacionamento abusivo. Saiba o que ela fez para mudar

Imagem de capa - “Eu vivia para agradar às pessoas”

A maioria das pessoas não tem orgulho de mostrar as dores que carrega. Em geral, elas preferem esconder seus traumas e encenar uma vida de aparências. Esse era o caso de Juliana Oliveira Domingos, (foto abaixo) de 24 anos.

A jovem conta que passou a presenciar brigas dentro de casa quando tinha seis anos. As discussões entre os familiares impactaram sua infância. “Eu era muito vazia. Passava várias madrugadas chorando e, quando cresci um pouco mais, passei a depender das pessoas.”

Já na escola, ela explica que queria ser aceita pelos amigos a qualquer custo: “eu vivia para agradar às pessoas.

Então, quando os colegas matavam aula e fugiam da escola, eu ia junto para que eles gostassem de mim. Quando saíam para beber, eu ia junto, não porque eu desejasse estar ali, mas porque eu queria que eles me aceitassem.”

Para fugir das discussões dentro de casa, Juliana começou a trabalhar e se envolveu com pessoas mais velhas. “Na companhia dos amigos eu sorria, mas sozinha no meu quarto eu chorava.”

Naquela época, ela acreditava que encontrar um amor seria a solução para seus problemas, pois assim teria a atenção e o cuidado de alguém e, no futuro, poderia sair de casa para se casar e viver feliz, mas não foi o que aconteceu. Ela diz que começou a depositar toda sua dependência emocional no então namorado, o que deu origem a um relacionamento abusivo. “Eu dependia dele para tudo. Ele me traía e até me agredia, mas eu não conseguia terminar porque, na minha cabeça, a relação era o chão dos meus pés”, detalha.

Segundo Juliana, mesmo vivendo altos e baixos, o casal continuou o relacionamento até que, depois de mais uma traição, ela decidiu terminar. “Ali foi o pior momento porque surgiu dentro de mim o desejo de suicídio. Para mim, minha vida ia acabar ali. Eu acreditava que as coisas nunca mais dariam certo.”

Quando estava no fundo do poço, Juliana se lembrou do convite que tinha recebido para ir a uma reunião na Universal. “Liguei para a pessoa que me convidou e disse que queria ir de novo”, diz.

Ela buscava transformar a própria história. “Era o Domingo do Reencontro e eu fui à reunião decidida a ter uma vida nova. Quando o pastor chamou as pessoas que queriam entregar a vida a Deus à frente do Altar, eu fui. Eu sabia que não seria fácil, mas me entreguei e, naquela hora, já comecei a ver a diferença dentro de mim.”

A decisão foi seguida de outras atitudes e Juliana entendeu a importância do batismo nas águas. “Minha mãe não concordava. No meu trabalho as pessoas falavam que eu estava ficando louca, mas eu estava firme na minha decisão. Me batizei nas águas e depois de três meses recebi o Espírito Santo. Foi quando tudo foi transformado dentro de mim”, comenta.

A situação dela também mudou externamente. As brigas familiares cessaram e a mãe e o irmão dela passaram a frequentar as reuniões. Atualmente, Juliana colhe os frutos de sua escolha de fé: “não dependo mais de nenhuma situação para ser feliz. Minha vida foi transformada em todas as áreas e tudo o que eu tenho hoje é graças ao Espírito Santo”, finaliza.

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Colaborador

Cinthia Cardoso / Fotos: Mídia FJU João Dias e cedida