Exigência do passaporte da vacina gera resistência ao redor do mundo
Protestos e mobilizações acontecem na Europa e Estados Unidos
A exigência do passaporte da vacina, por parte de muitos países ao redor do mundo, tem trazido controvérsias e resistência por parte da população. Nos Estados Unidos, por exemplo, alguns profissionais de saúde rejeitam a obrigatoriedade da vacina por violar suas liberdades individuais, mesmo correndo o risco de perder seus empregos.
Diversas pesquisas, feitas nos últimos meses, apontam que 14% e 26% dos americanos não foram vacinados e nem planejam fazer. E de acordo com a BBC News, a cidade de Nova York está servindo de “experimento”, tendo em vista que, dependendo do que acontecer por lá definirá o que os demais estados do país irão fazer e onde estarão dispostos a ir para vacinar a maior parte dos cidadãos.
Mesmo que alguns estados como Califórnia, Nova Jersey, Pensilvânia, Maryland e Illinois estejam moderados na exigência, pedindo apenas que quem não queira se vacinar faça o teste de Covid-19 regularmente.
Divisão no país
Claramente o país está dividido. No Texas, por exemplo, empresas estão sendo proibidas de exigir o passaporte da vacina de seus empregados e clientes. Porém, a medida vai contra a vontade do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que defende a obrigatoriedade da vacina anticovid-19, inclusive pede um certificado sanitário obrigatório a todos.
Enquanto isso, na Flórida, o governo multará em 5 mil dólares (cerca de R$ 25 mil reais) empresas, escolas e órgãos públicos que exigirem o comprovante de vacinação. A lei será aplicada por cada pessoa que tiver o comprovante solicitado e em cada caso registrado.
“Na Flórida, sua escolha pessoal em relação às vacinas será protegida e nenhuma empresa ou entidade governamental poderá negar seus serviços com base em sua decisão”, afirmou o governador do estado, Ron DeSantis.
Quem está certo?
E não é só nos Estados Unidos que mobilizações de resistência à vacina têm causado discussões e debates. Um outro exemplo foi na Europa, onde franceses e italianos foram às ruas usando termos como “cidadãos livres” e “ditadura da saúde”, para protestar contra a implementação do “passaporte covid”.
É importante também ressaltar que mesmo a vacina tendo reduzido o número de novos casos de coronavírus, muitas pessoas tiveram a reinfecção, mesmo vacinadas com as duas doses. Tal fato só fortalece a ideia de que o passaporte é desnecessário, porque ele permite a livre circulação de pessoas potencialmente infectadas e infectando outras. Além do mais, obrigar as pessoas a se vacinarem e impedir o direito de ir e vir, coloca em risco a democracia e a liberdade.
Em vez de impor por obrigação, os esforços dos governos deveriam ser aplicados de forma educativa, a fim de mostrar os benefícios a curto e longo prazo da vacinação integral da população. Garantindo, desta forma, os direitos de cada cidadão.