Fake News se espalham mais rápido do que notícias reais
Cuidado com o que o conteúdo que recebe, pode ser mentira
As notícias falsas se espalham 70% mais do que as notícias verdadeiras. E por isso é tão importante ficar atento ao cenário político. Ferramentas de comunicação, como as redes sociais, estão se tornando, cada vez mais, um caminho para disseminação de fake news contra candidatos políticos.
O alarmante dado citado acima foi encontrado em um estudo realizado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), e publicado em março na revista americana Science. Os pesquisadores analisaram mais de 120 mil notícias veiculadas entre 2006 e 2017 e chegaram à conclusão de que as fake news têm muito mais força do que os fatos verdadeiros.
E mais: a culpa não é dos robôs, como se costumava pensar. Quem realmente faz a diferença na propagação da desinformação são as pessoas, que gostam de espalhar boatos e se sentem bem ao compartilhar “informações bombásticas”. O problema é: raramente essas informações são verdadeiras.
No Brasil, eleitores têm espalhado mentiras sobre os candidatos opostos, especialmente via redes sociais. De acordo com o WhatsApp, 120 milhões de brasileiros utilizam o aplicativo. Basta conversar com seus amigos e familiares para perceber que praticamente todos os que você conhece já receberam fake news, especialmente em forma de “memes” (normalmente em imagem, vídeo ou gif relacionados ao humor).
O cientista político Edson Rildo explicou, em entrevista ao noticiário Brasil Notícias, da Rede Aleluia, que é imprescindível neste momento estar atento ao conteúdo recebido em redes sociais e pesquisar em fontes confiáveis, antes de acreditar ou espalhar informações que podem ser falsas:
“Eu acredito que o mais importante é o eleitor avaliar com cuidado as mensagens, as notícias, os vídeos que chegam, se o que está sendo dito de fato procede”.
A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ministra Rosa Weber afirmou no dia 7 de outubro último, data da votação em primeiro turno, que a Justiça brasileira está estudando as fake news e avaliando maneiras de coibi-las e punir seus divulgadores. Mesmo assim, cabe ao cidadão averiguar a informação e espalhar boatos.
“Hoje em dia sabemos que imagem e som não necessariamente são o que nossos olhos veem, o que nossos ouvidos escutam. Não necessariamente correspondem ao que realmente acontece”, afirmou a ministra.
Até por isso, o TSE lançou uma página online, em seu website, dedicada a desmentir falsas informações. De acordo com os idealizadores, a maior ferramenta contra as fake news são as verdades.
Portanto, fique atento! Antes de espalhar notícias, verifique se elas são verdadeiras. Isso fará bem não só para você – que não vai levar fama de mentiroso – e a sociedade brasileira, que escolherá seus representantes sem influências nefastas.