Família sob ataque
A família é uma instituição sagrada, criada por Deus, todavia seu significado tem sido deturpado, sua importância tem sido diminuída e os lares têm sido hostilizados. Entenda o porquê
Durante séculos, a família foi considerada a célula-mãe da sociedade, mas, nas últimas décadas, essa estrutura vem sendo sistematicamente questionada, remodelada, e — em muitos casos — dilacerada.
Em nome da modernidade, discursos e narrativas passaram a pregar a relativização dos papéis familiares, a desconstrução da autoridade paterna e a normalização de modelos que, embora populares, ferem princípios bíblicos. Nas entrelinhas de filmes, séries, aulas e até projetos de lei, a ideia da família tradicional — homem, mulher e filhos sob o temor de Deus — é apresentada como ultrapassada, opressora ou até mesmo perigosa.
Não é exagero falar em ataque planejado. Não se trata de teoria da conspiração, mas de fatos sociais e culturais observáveis. Movimentos políticos, influenciadores e até instituições de ensino promovem uma visão de mundo que rejeita o modelo bíblico de família. O problema não é só a existência de novos arranjos, mas a tentativa de extinção do modelo original, ou seja, querem apagar o fundamento.
Fa-mí-li-a
A origem da família remonta à criação do mundo. Foi Deus quem formou o homem (Gênesis 1.26) e, em seguida, lhe deu uma auxiliadora idônea (Gênesis 2.18-23). Assim, no Jardim do Éden, nasceu a primeira família terrena — com os moldes estabelecidos pelo próprio Criador.
Por isso, dizemos que a família é a instituição mais sagrada. No livro O Perfil da Família de Deus, o Bispo Edir Macedo explica: “Foi a partir da Sagrada Família, constituída por Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, que todos os seres tiveram sua origem, quer os celestiais – arcanjos, querubins e serafins –, quer os seres humanos. Todo o universo teve sua origem na Santíssima Trindade e, por isso, a família humana somente será perfeitamente feliz se for constituída no espírito da Família de Deus”.
Ciente disso, o diabo tem investido contra esse modelo original — muitas vezes por meio de ideias e sugestões sutis, hoje vistas como normais. Seu objetivo é claro: se conseguir enfraquecer a base da família, destruirá toda a sociedade.
Onde tudo começa — e onde também pode desmoronar
“Mãe” e “pai” costumam ser as primeiras palavras que balbuciamos. É em casa que damos os primeiros passos, somos alimentados e começamos a entender o mundo. Mas, infelizmente, o lugar que deveria ser de refúgio e alegria muitas vezes se torna o oposto.
A família é a base de uma nação. Por isso, os problemas enfrentados dentro dos lares reverberam nas ruas e afetam a sociedade como um todo. É como se cada um dos quase 60 milhões de lares brasileiros (dados do Censo de 2022) projetasse para fora o que vive por dentro — como um espelho com lupa.
Essa realidade salta aos olhos no cotidiano, nas redes sociais e nas manchetes: violência crescente, drogas e novas substâncias em alta, crimes que chocam por acontecer dentro da própria família. Parece que o mundo virou de cabeça para baixo — um campo de batalha onde nem sempre identificamos de onde vêm os ataques.
Nas próximas páginas, você verá alguns desses ataques em destaque. Mas é essencial saber: para cada ataque, há uma defesa. E quando o assunto é família, isso não é diferente.
Uma lua de mel inesquecível
Alexandra Barreto, de 50 anos, gerente de eventos, conheceu seu marido, Gervando Serra, de 56, gerente de manutenção e logística, ainda na juventude. Após dois anos de namoro, ela engravidou e os dois se casaram. “A lua de mel foi inesquecível”, relembra — e o motivo surpreende: “Ele queria me deixar sozinha para se drogar. Eu não sabia que ele era viciado”.
O vício de Gervando começou com bebidas, depois veio a maconha e, por fim, a cocaína — razão de inúmeras brigas ao longo dos anos. Em um episódio marcante, Alexandra foi ameaçada com uma arma. “Ele apontou para minha cabeça e disse: ‘Não sei se te mato, se me mato ou mato o neném’”.
O pior não aconteceu. Dias depois, um casal que evangelizava em frente à sua casa a convidou para ir à Universal. “Pensei: logo a Universal? Não tinha outra igreja?”, admite. Mas a ideia ficou martelando até que ela decidiu ir, mas passou a reunião inteira escondida atrás de uma coluna.
Durante dois anos, ela acreditou que quem precisava de libertação era o marido. Por conta disso, nada mudou. Até que entendeu que a transformação precisava começar por ela. “Nunca deixei de buscar por ele e agir a fé, mas passei a focar em mim”, afirma.
De perseguidor da Fé a homem transformado
Alexandra sempre convidava o marido para ir à igreja, mas ele se recusava. “Ela me evangelizava e até me dava a Folha Universal, mas eu sacudia o jornal no quintal e o rasgava”, lembra Gervando.
Tudo mudou quando ela pediu que ele gravasse uma consagração especial na igreja. Ele foi, mas com a intenção de vender as imagens. A surpresa veio logo: ali se pregava, de fato, a Palavra de Deus.
“Depois de três meses indo à igreja, senti o desejo de largar tudo que fazia de errado. Foi após uma pregação que parecia ser só para mim. Decidi me batizar. Eu me drogava porque gostava, mas, naquele dia, passei a sentir nojo. Tive ânsia. E isso depois de quase 17 anos nesse vício”, conta.
Hoje, o casal vive um casamento feliz e criou um lar saudável para os filhos. Para eles, a casa é como uma extensão da igreja — um pedacinho do Céu. Compartilhar essa transformação e servir a Deus se tornaram suas maiores alegrias.
Tentaram o casamento antes
Quando Valdenia Silva, empresária de 49 anos, engravidou aos 17 anos, sua mãe fez questão de providenciar o casamento. Mas a união não foi conforme o esperado: “Foi um desastre desde o primeiro dia. Ele me maltratava fisicamente e, mesmo assim, tive três filhos e fiquei casada por 20 anos”, afirma. Ela ressalta que o que começou mal terminou com o divórcio.
Alguns anos depois, ela reencontrou um rapaz que já conhecia. Era Roberto de Oliveira, empresário, hoje com 43 anos. Logo eles iniciaram um relacionamento e decidiram morar juntos. Só que havia um problema: Valdenia não conhecia as bagagens que ele carregava. Com pais divorciados, ele começou a trabalhar quando tinha apenas 10 anos e, apesar de muito jovem, começou a ter relacionamentos. No primeiro casamento, ele buscou outras relações para satisfazer seus desejos e, não contente em trair a companheira da época, se separou dela para levar uma vida de solteiro e tentar se preencher com pessoas, relacionamentos, trabalho e dinheiro. “Fomos felizes durante dois anos. Pelo menos era o que eu pensava! Depois de descobrir algumas traições, clonei o aplicativo de conversa do celular dele e descobri que ele tinha sete amantes”, relata ela. Roberto, por sua vez, revela a verdade: “Ela contou sete, mas era muito mais. Eu sabia que ela tinha descoberto isso e, então, não fazia questão de esconder. Além das traições, eu ainda a desprezava dentro de casa”.
Eles descobriram que precisavam se cuidar
Valdenia desabafou nas redes sociais e recebeu a ligação de uma amiga que a convidou para ir à Universal. Ouvindo a Palavra de Deus, ela decidiu cuidar apenas de si mesma, terminou o relacionamento, voltou a morar com os três filhos e focou em conhecer a Deus, confiando que Ele restauraria a sua família, assim como a
estava restaurando.
Depois de um ano, Roberto reconheceu que precisava mudar e procurou Valdenia com a intenção de morarem juntos novamente, mas ela deixou bem claro que não aceitaria viver como antes. Roberto, então, pediu a ela paciência para consertar sua vida e, depois de muitos convites, aceitou acompanhá-la na Universal. “Ao ouvir o que o homem de Deus ensinava, fui colocando em prática. Larguei todas as amantes, saí da agiotagem e abandonei tudo que fazia de errado. Eu entendi que precisava deixar aquela vida e matar aquela velha criatura para ter um Novo Nascimento e receber o Espírito Santo”, ressalta. Restaurados pela Fé, eles se casaram, receberam a bênção do Altar e hoje usufruem de uma família conforme o modelo planejado pelo Criador.
Deus também tem família
Talvez você não saiba, mas Deus também tem uma família, que é citada, em Efésios 2.19, pelo apóstolo Paulo. No programa Inteligência e Fé, o Bispo Renato Cardoso explicou que a família citada no Texto Sagrado se refere àqueles que estavam distantes e, pela Fé no Senhor Jesus, foram trazidos de volta para casa através da Cruz: “o poder da Cruz é o único poder do mundo capaz de unir definitivamente os seres humanos que outrora eram inimigos, que outrora eram rivais. (…). Porque o poder da cruz é um poder transcendental, é um poder que ultrapassa fronteiras, culturas, línguas, religiões. Quando a pessoa entende o que aconteceu lá na Cruz, então ela passa a conhecer o Pai Celestial e, quando conhecemos o Pai Celestial, o nosso Criador, passamos a olhar o nosso próximo como irmão. Aí passamos a fazer parte da família de Deus”.
Fazer parte da família dEle não está relacionado à religião, pelo contrário. É única e exclusivamente uma questão de Fé. Não uma Fé em suas próprias crenças ou no que o mundo apregoa sobre os “moldes modernos de família”, mas uma Fé embasada na Palavra de Deus e no sacrifício que o Senhor Jesus cumpriu na Cruz. Quem aceita e reconhece isso passa a fazer parte da família dEle e, consequentemente, sua família terrena passa a viver nos moldes concebidos
pelo Criador.