No último fim de semana, fortes chuvas atingiram o estado do Rio de Janeiro e deixaram um rastro enorme de inundações, alagamentos e destruições. Ao todo, 12 pessoas morreram e cerca de 600 ficaram desalojadas e desabrigadas. Para ajudar as famílias afetadas, desde domingo (14), a Unisocial — que une voluntários de todos os programas sociais da Igreja Universal — tem realizado ações com distribuições de itens como cestas básicas, água mineral e peças de roupa.

Logo que o RJ foi acometido por esta tragédia, prontamente toda a Instituição local, junto aos seus fiéis, se mobilizaram para angariar doações que pudessem ajudar às vítimas das enchentes. E já no domingo (14), a equipe prestou assistência aos moradores de Mendanha, sub-bairro de Campo Grande — localizado na zona oeste do município.

De acordo com a Defesa Civil Municipal da capital fluminense, os bairros da zona norte foram os principais afetados, dentre eles, o Acari — que recebeu a visita e as provisões da Unisocial na segunda-feira (15).

E, ontem (16), foi a vez de 600 pessoas que vivem no Lote XV, em Belford Roxo, receberem o auxílio social por meio da distribuição de alimentos.

Um dos beneficiados, foi o aposentado Josimar Silva, de 64 anos. “Muita água… os moradores perderam várias coisas, incluindo a gente. Acabou com tudo. Tiveram que me pegar no colo. Depois, com a cadeira de rodas, me empurrar pelo meio da água. Se ninguém me ajudasse, eu não estaria nem aqui falando isso”.

Até o momento, os voluntários do programa social conseguiram beneficiar 1,5 mil pessoas nos três municípios visitados, com as doações de 500 cestas básicas, 2 mil litros de água, mil peças de roupa; e mais cobertores e colchões. Em alguns casos, os integrantes da iniciativa se colocaram à disposição, inclusive, auxiliando na limpeza das residências de alguns afetados.

Segundo o responsável da ação, Rangel Silva, a população está “totalmente desolada, afinal, a água subiu bem alto em suas casas e elas perderam tudo. Há dificuldade de comida, higiene pessoal, crianças pequenas sem fraldas e leite, falta de roupas e lugar para dormir. Sendo assim, é muito importante prestar assistência às vítimas, pois a maioria não tem a quem recorrer, se encontram longe da família e não sabem o que fazer”.

Mas, além dos donativos distribuídos, Rangel Silva ressalta o quão essencial foi a participação dos voluntários que levaram apoio emocional aos necessitados. “Muitos estavam ali, abalados e tristes pela tragédia, e eles ajudaram a acalmar, conversar e transmitir palavras de fé a todos”.

Rita de Cássia Thomaz, de 54 anos, faz parte da equipe que atuou na linha de frente dessas ações. “Foi a primeira vez que participei de um evento emergencial assim, e foi marcante; um misto de tristeza, em ver aquelas pessoas tão vulneráveis e necessitadas, e uma alegria de estar ali, podendo contribuir de todo o coração. Mesmo em meio a essa situação dolorosa, foi possível ver o brilho de esperança no olhar de alguns que nós conversamos”.