Em comemoração ao Dia Nacional da Libras, celebrado em 24 de abril, 880 voluntários do programa social Libras saíram às ruas de 41 cidades brasileiras no dia 7 de abril para falar da importância de a população aprender noções básicas da Língua Brasileira de Sinais (Libras) e, dessa forma, ajudar na inclusão da comunidade surda do Brasil à sociedade.

Embora a Língua Brasileira de Sinais seja considerada uma língua oficial nacionalmente, de acordo com informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem no País mais pessoas com deficiência auditiva oralizada (as que fazem leitura de lábios, leem e escrevem em português) do que sinalizada (aquelas se comunicam usando Libras).

Esta foi a quinta edição do Farol Libras, ação realizada em pontos estratégicos, geralmente frequentados por surdos e seus familiares. Voluntários se posicionaram em semáforos e lugares movimentados e, munidos de cartazes e faixas, desenvolveram estratégias de conscientização dos passantes sobre o tema e os abordaram para entregar a eles um kit com um alfabeto manual para ensiná-los a praticar o próprio nome em Libras.

Para Tuane Tércio, responsável pela iniciativa, a ação reforça que esse público também pode ser “alcançado, ajudado e cuidado”. Além disso, ela explica que esse movimento oferece à comunidade surda a oportunidade de conhecer outras pessoas para se comunicar e interagir e também fornece acolhimento e apoio emocional para quem deseja desabafar.

Tuane diz que o Farol Libras também tem o objetivo de divulgar que nos templos da Universal existem voluntários que são tradutores e intérpretes de Libras, o que facilita o acesso à Palavra de Deus e às reuniões da Igreja.

A ação, que beneficiou mais de 1,2 mil pessoas em 14 Estados do Brasil, contou ainda com distribuição de livros e com encenações rápidas sobre a vivência do surdo na sociedade.

Para a voluntária Raphaela Molina, a iniciativa mostra a possibilidade de uso da língua de sinais de forma divertida: “é muito gostoso participar desses momentos, levar esse conhecimento e ver a interação de todos conosco e quanto essa inclusão é importante para a vida do cidadão surdo”.