Um carinho extremo, sentimentos e atitudes que beiram a loucura, levam pessoas comuns a idolatrarem famosos e celebridades. Esses são chamados de fãs “fanáticos”, pois alguns chegam até a cometer crimes em nome desse sentimento sem sentido.

A exemplo do caso do fã que matou o músico britânico John Lennon e outro que ameaçou e atentou contra a vida da apresentadora Ana Hickmann.

Os casos são muitos, inclusive, recentemente, para entrar na festa de aniversário da comediante Gessica Kayne, alguns fãs fizeram loucuras.

A saber, tatuagens em homenagem à artista e até mudaram o nome no documento de identificação para chamar a atenção dela.

O programa Fala Que Eu Te Escuto, apresentado pelo Bispo Carlos Cucato, trouxe recentemente esse tema, argumentando se as atitudes dos fãs de forma exagerada se trata mesmo de admiração ou é uma obsessão?

Atitudes absurdas e regadas de exageros

Durante a edição do programa, alguns fãs deram depoimentos de já terem feito coisas absurdas pelos seus ídolos. Uma delas foi a Regiane Oliveira, fã da dupla João Paulo e Daniel (João Paulo já falecido).

Ela participou por meio de videochamada e afirmou que não se enquadra como obsessiva, mas que tem um amor muito grande pelo artista.

“Eu amo verdadeiramente, é de coração, e o Daniel tem a capacidade de roubar esse sentimento da gente. Eu faço o que der na cabeça para demonstrar esse amor por ele; e exageros também faço sempre”, declarou ela.

Já a estudante de Jornalismo, Victória Sellares, entende que todo fã inicia com uma admiração, mas que esse sentimento pode se tornar uma obsessão e até perda da identidade, disse.

“Aos poucos, se a pessoa se aprofundar nisso, se torna uma obsessão e [até] perda de identidade. Digo isso por experiência própria, pois comecei a me anular e deixar de ter minha opinião, para me basear no que essa cantora dizia”, contou ela, que era fã de uma cantora pop.

Sentimento irracional

As atitudes exageradas dos fãs pelos seus ídolos são tão intensas que até mesmo os profissionais têm uma certa dificuldade em entender e explicar.

Para o psicólogo Yuri Busin, ouvido pelo programa, o fã se sente conectado com o artista de uma maneira irracional.

“Quando o fã começa a ouvir aquele ídolo, parece que está falando diretamente para ele, para suas emoções e sentimentos. E aquilo realmente faz sentido para ele, criando um sentimento unilateral”, explicou o psicólogo.

Assim, quando chega ao ponto do exagero, qualquer admiração e gosto pessoal faz a pessoa se esforçar sem pensar, por alguém que nem conhece.

Enquanto quem está perto, como a própria família, que é deixada de lado e não se tem a preocupação em agradar tanto, como é feito pelo ídolo. Confira o programa completo aqui.

O programa Fala Que Eu Te Escuto é exibido diariamente nas madrugadas da Record TV e você também pode acompanhar ao vivo pelo Facebook.