“Fiquei dois anos sem enxergar nada”

Léia Silva conseguiu mudar o que muitos julgavam que fosse uma maldição

Imagem de capa - “Fiquei dois anos  sem enxergar nada”

Léia Cristina Nery Silva, de 48 anos, é promotora de cartão de crédito e mora em Salvador (BA). Ela conta como foi o início de sua trajetória na fé: “minha mãe era da Universal, mas eu não aceitava convites para ir à Igreja ou que alguém me evangelizasse, pois eu já ouvia os ensinamentos em casa. Eu não sentia vontade de ir porque eu queria o ‘mundo’. Depois de casada, sofri uma traição e me aproximei da Universal, após ouvir uma pregação do Bispo Sergio Corrêa na TV”. Isso ocorreu há 20 anos e hoje ela é obreira.

Em 2019, a caminho de uma reunião, um acidente levou Léia a testar a sua fé. “Por imprudência minha, fui atropelada por uma moto quando atravessava a rua. Bati a cabeça e muita gente pensou que eu tinha morrido. Um rapaz me acordou e, quando abri os olhos, eu estava no chão e com o rosto pingando sangue. Fui socorrida e levada ao hospital. Chegando lá, as enfermeiras limparam o sangue, o médico viu só a ferida e tudo parecia normal. Ele não passou nem uma dipirona. Vinte minutos depois eu já estava em casa”, lembra.

Contudo o atropelamento causou bem mais do que uma dor de cabeça e um rosto inchado a Léia. “Eu usava a água consagrada para desinchar o rosto, mas sete dias depois do acidente perdi completamente a visão. Me disseram que buscasse ajuda médica, mas eu não fui logo. Quando eu consegui ir, indicaram que eu teria que fazer um tratamento, mas logo em seguida, em março de 2020, veio a pandemia e fechou tudo. Eu não podia fazer nenhum tipo de exame. Fiquei dois anos sem enxergar nada”, recorda.

Léia lembra que não conseguia fazer nada: “minha filha me auxiliava para tomar banho e meu filho lia a Bíblia para mim. Foi um desespero, mas, por outro lado, fiquei em paz, pois eu sabia que Deus estava comigo. Continuei perseverando, ia às reuniões às quartas, às sextas e aos domingos, mesmo sem enxergar, pois sempre tinha uma pessoa para me acompanhar. Quando a pandemia de covid-19 acabou, finalmente consegui ir ao hospital para me consultar. Tenho um relatório médico no qual descobri que a pancada na cabeça é que ocasionou a catarata [leia mais sobre a doença no quadro acima] e causou minha cegueira”.

Ao saber que teria que fazer uma cirurgia para corrigir o problema, Léia teve uma conversa séria com Deus. “Eu estava revoltada e disse ‘é tudo ou nada’. Fui ao hospital e foi tão rápido que eu não consigo ver a mão do homem. Eu cheguei no hospital às 10 horas e, às 10h40, mais ou menos, eu já estava enxergando. Deus tirou a minha cegueira e vim para casa enxergando. Só fiquei de repouso mesmo por causa do processo da cirurgia. Mas esses dois anos foram muito difíceis para mim. Se eu não tivesse o apoio da minha família e de Deus, eu não suportaria”, avalia.

Por isso, Léia recomenda às pessoas que não deixem de acreditar em Deus: “nunca desista, pois Ele é o Deus do Impossível. Além de ser Pai, Ele não falha e não deve nada para ninguém. Eu ouvia as pessoas dizerem que o meu problema era uma maldição e não me preocupava, pois dentro de mim Ele falava que agiria na hora certa e que eu só teria que esperar. Deus agiu em mim para que eu tivesse paciência, confiança e fé. Ainda que eu morresse ou se me faltasse um braço ou um olho, qualquer coisa, eu sabia que Ele estaria comigo. Eu agradeço porque foi um processo difícil, mas hoje, além de ter voltado a enxergar, sou uma mulher mais paciente, mais consciente e tranquila. Deus trabalhou muita coisa em mim. Eu não tenho como agradecer”, conclui.

O que é a catarata?

Trata-se de uma doença ocular que torna a visão opaca e, quando não tratada, pode levar à cegueira. Existem três tipos: a congênita, presente ao nascer; a secundária, que pode surgir por conta de fatores oculares, como tumores, glaucoma e descolamento de retina, e também sistêmicos, como a diabetes; e, por último, a catarata senil.
Traumas ou acidentes também causam catarata e podem precipitar seu desenvolvimento. Por isso, após algum tipo de acidente com os olhos, bolada no rosto ou pancada na cabeça, especialmente se surgirem sintomas como visão embaçada, é importante procurar um oftalmologista para avaliar o caso.
A catarata pode ser revertida por meio de procedimento cirúrgico indolor, rápido e seguro. Durante a cirurgia é retirado o cristalino opaco e introduzido, no lugar, uma lente intraocular que devolve a visão normal ao paciente. A recuperação é rápida e o paciente está liberado para retomar às suas atividades normais em apenas uma semana.

Fontes: Instituto de Oftalmologia de Curitiba (IOC) e Ministério da Saúde

Cura pela fé

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Colaborador

Eduardo Prestes / Fotos: Cedidas