Formandos 2017 da ABADS são condecorados

Portadores de deficiência intelectual terminam o Fundamental I em grande estilo

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Amor, carinho, felicidade e gratidão. Foram esses sentimentos que se espalharam no ar na festa dos formandos de 2017 do Ensino Fundamental I, na sede da Associação Brasileira de Assistência e Desenvolvimento Social (ABADS), no dia 14 último, em São Paulo, da qual eles fazem parte.

Desde os preparativos pelos funcionários, professores, voluntários e diretoria até a cerimônia, o clima era de alegria e empenho para que tudo saísse da melhor maneira possível. E não é para menos. A formatura tem um significado para lá de especial. É o resultado de muita dedicação e o início de uma nova etapa para alguns: procura e adaptação ao mercado de trabalho.

Portadores de deficiência intelectual e autismo, muitos deles chegaram à instituição ainda bebês e ali receberam toda assistência necessária nas áreas de saúde, educação, serviço social e emprego apoiado (inclusão profissional) até os 22 anos. Outros, com dificuldades de adaptação às escolas convencionais, foram encaminhados à ABADS e puderam estudar o currículo do governo adaptado a eles com quatro horas diárias, além de aulas de dança, música, artes, entre outras. Mais do que o diploma, o que se busca é a interação social desses jovens.

Um a um, junto com os pais, Brandow, Daniel, Kely, Leonardo, Lucas, Felipe, Taina, Nicolas e Jair, eles foram chamados e receberam o canudo da mesa-diretora composta por: Rose Amorim (foto acima), presidente da ABADS; Maria de Fátima Vasconcelos dos Santos, diretora da escola; doutora Eliana Curátolo, psiquiatra infantil; bispo Iranildo Souza, da Universal e Gilberto Buzato, representando os pais dos formandos.

Após a cerimônia — que contou também com homenagem aos pais dos alunos, na qual Rose Amorim agradeceu a eles pela confiança depositada à instituição, e palavras de gratidão dos pais pelo carinho recebido e o progresso notado em seu filhos, além de uma oração realizada pelo bispo Iranildo —, todos, funcionários, alunos, voluntários, se divertiram ao som da banda Aragon, que animou a tarde festiva.

A ABADS

Segurança. É assim que Valdilene de Souza, mãe do formando Brandow, resume o que é a ABADS na sua vida. Depois de anos de lutas, em razão da dificuldade de Brandow se enquadrar na escola regular, eles chegaram à instituição por meio da antiga escola quando ele tinha 15 anos, e tudo mudou. Para ela, a ABADS foi a base de tudo. Agora, “é correr atrás do sonho de Brandow”: trabalhar como garçom ou padeiro. E para isso ela também vai contar com a ajuda da instituição.

Segundo a presidente, Rose Amorim, a ABADS (que atende hoje mais de 980 jovens mensalmente e tem uma fila de espera de 700), 350 foram preparados e estão inseridos no mercado de trabalho, em grandes lojas, construção civil, mercados, de acordo com as condições e desejo de cada um deles, mas ainda há muito a ser feito.

“Há um banco de dados com cem cadastros à disposição das empresas. Responsabilidade social, políticas públicas, conscientização, muitas lutas por parte de todos estão entre as necessidades para que cada vez mais essas pessoas sejam incluídas na sociedade e conquistem a dignidade que merecem”, disse.

Quer saber mais a respeito da ABADS, suas ações e como ser um voluntário? Acesse o site da instituição, clicando aqui.

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Colaborador

Por Maria do Rosário / Fotos: Marcelo Alves