Franquias: o que considerar antes de investir?

Em plena expansão, o setor tem atraído muitos empreendedores, mas é necessário atenção para não cair em ciladas

Imagem de capa - Franquias: o que considerar antes de investir?

O empreendedorismo está em alta no Brasil, com destaque para o setor de franquias. Em 2023, o faturamento das franquias no Brasil atingiu R$ 240,6 bilhões, montante que representa um aumento de 13,8% em comparação a 2022. Esse salto tem algumas explicações, entre elas o avanço das microfranquias, que são aquelas que exigem investimento inicial mais baixo, de até R$ 135 mil. Em maio de 2021, essa modalidade era oferecida por 322 marcas, número que chegou a 604 em 2023. Os dados são da Associação Brasileira de
Franchising (ABF).

A franquia é um modelo de negócio que permite que um investidor abra uma unidade de uma empresa já consolidada no mercado, utilizando uma marca reconhecida e um sistema operacional testado, fatores que podem reduzir os erros e aumentar as chances de sucesso. Apesar dessas vantagens, é um erro pensar que seja uma modalidade mais fácil ou que exija menos do empreendedor. “Apesar dos atalhos e direcionamentos, o trabalho no dia a dia é do franqueado”, explica Denis Santini, consultor e CEO da CommUnit e do Grupo MDcom. “Sem dúvida, ele terá muito mais chances de ter êxito, mas o trabalho é grande e a necessidade de se atualizar, atuar como gestor e entender seu papel na operação é fundamental para o sucesso”, completa.

Pontos de atenção
Um dos desafios de quem se torna um franqueado é seguir tudo que já foi preestabelecido pelo franqueador e determinado em contrato. Portanto, não é uma modalidade interessante para quem gosta de fazer as coisas do próprio jeito. Nesse caso, o ideal é abrir um negócio do zero.
Outro ponto que vale esclarecer é que há inúmeras opções de franquias no mercado e muitos tendem a optar por aquelas que oferecem melhores rendimentos. Porém, além do lucro, é preciso que a franquia e o franqueado tenham propósitos semelhantes para evitar frustrações. “Engana-se quem pensa que ao empreender trabalhará menos. Pelo contrário, principalmente no início do negócio, o franqueado vai trabalhar bem mais do que as oito horas diárias, alguns finais de semana e feriados. Por isso, escolher um negócio que esteja alinhado com sua realização profissional vai ajudar a tornar essa jornada gratificante e não um fardo”, pontua Santini.

Preparação financeira
Para colocar esse projeto em prática e ser bem-sucedido, é preciso organização, principalmente financeira, já que a empresa pode demorar muitos meses para gerar o retorno projetado. Além disso, há algumas taxas que podem ser cobradas mensalmente e que variam de empresa para empresa, como royalties, fundo de marketing e taxa de renovação de contrato.

Além disso, é preciso ficar atento ao contrato. “As pessoas se empolgam com as franquias e as compram sem ler as regras, o que pode causar arrependimentos”, explica Leandro Reale, consultor do Sebrae. “Todas as regras costumam estar claras em contrato e, em caso de dúvida, o empreendedor deve verificar com outras pessoas que já compraram a franquia”, completa.

Tendo em vista que, além das responsabilidades com a marca, o empreendedor ainda tem seus custos fixos e variáveis – aluguel, energia elétrica, água, manutenção e funcionários –, é preciso estar preparado financeiramente. “Costumo dizer que uma empresa precisa ter um fluxo de caixa de pelo menos seis meses a um ano para que ela se autossustente, tendo como base o valor de suas despesas”, conclui Reale.

 

Prosperidade com Deus
Encarar os desafios do empreendedorismo exige motivação e resiliência. Por isso, toda segunda-feira acontece na Universal a reunião Prosperidade com Deus, que, por meio dos ensinamentos bíblicos, direciona aqueles que buscam ser bem-sucedidos em suas áreas de atuação. Participe!

imagem do author
Colaborador

Cinthia Cardoso / Foto: andresr\gettymages / Arte: Edi Edson