Geração floquinho: o que fazer para não criar filhos frágeis como flocos de neve?
Conheça os 3 principais erros que os pais cometem e saiba como evitar
“Geração floquinho” foi o tema da reunião mensal do mês de agosto da Escola de Mães, realizada no último dia 2 de agosto.
De acordo com a psicóloga Neia Dutra, responsável nacional da Escola de Mães, está cada vez mais difícil se comunicar, porque as pessoas estão cada vez mais sensíveis.
Segundo ela, para entender a personalidade e o comportamento de alguém deve-se levar em conta o relacionamento que ela teve com os pais na infância e na adolescência. Pois eles têm uma participação fundamental na construção do caráter e da personalidade do filho.
“Há uma geração de jovens questionadores, argumentativos e cheios de opinião sobre tudo. É essa geração que nós vemos hoje. Mas, por outro lado, também é uma geração de jovens frágeis, sensíveis. Principalmente, em relação à cobrança da vida adulta. Não devemos generalizar, mas a gente precisa estar atento a essa geração extremamente sensível às frustrações, críticas e exigências”, observa Neia.
Veja 3 erros que levam os pais a criar filhos frágeis como flocos de neves:
1 – Superproteção
Os pais superprotegem esses filhos. É importante dar proteção ao seu filho, isso é imprescindível, é o nosso papel. Mas superproteger é trilhar antecipadamente o caminho do filho. “É aquele pai, aquela mãe que vai à frente do filho, limpando todos os obstáculos, para que ele não tropece em nada, resolvendo todos os problemas dele. Esse tipo de postura tira a autonomia da criança e a impede de crescer e amadurecer”, destaca.
2 – Egocentrismo
Muitos pais criam o filho fazendo-o se sentir único e especial e com direitos e privilégios sobre os outros. Isso é um problema, porque fará com que ele pense que não precisa se esforçar para conseguir nada. Assim, quando se tornar adulto vai se frustrar ao se deparar com um mundo hostil e ameaçador.
3 – Insegurança e catástrofe
O filho “floquinho” está acostumado a um ambiente controlado pelos pais, então, quando algo sai errado ele encara como uma catástrofe. Por não ter desenvolvido a habilidade de lidar com seus próprios problemas, se sente inseguro e com medo.
Para a palestrante, esse excesso de proteção demonstra falta de confiança em Deus.
“Se você ora para Deus proteger o seu filho, então, você tem que crer que Ele está protegendo. Se você ora para Deus livrá-lo do mal, você tem que crer que Ele está livrando. Enfim, quando eu oro pelo meu filho, eu tenho que crer que Deus está trabalhando na vida dele, mesmo que eu não esteja vendo. Mas a minha fé me faz confiar”, diz.
Então, o que fazer para não criar filhos frágeis como flocos de neve?
1 – Dê ao filho a proteção necessária: Mas permita que ele resolva questões compatíveis com a sua idade. Deixe-o desenvolver sua autonomia para cuidar da própria vida.
2 – Valorize o seu filho: Você precisa valorizar o seu filho, não supervalorizar. Ele precisa saber que é importante para Deus e para você. Mas deixe claro que isso não dá a ele vantagem ou direito especial sobre os outros.
3 – Não seja o super herói do seu filho: Evite resolver todos os problemas do seu filho. Não dê a solução pronta pra ele, em vez disso, ajude-o a encontrar a solução. Claro, desde que o problema seja compatível à idade dele.
4 – Seu filho já é um floquinho: O que fazer? Aplique esses ensinamentos e saiba que terá de ser perseverante, uma vez que ele já está condicionado a ser tratado como um floquinho. “Proteja sem superproteger, valorize sem supervalorizar. Deixe que ele resolva suas questões, a fim de que tenha autonomia e cresça um adulto forte, capaz de resolver seus próprios problemas”, ensina a psicóloga.
5 – Permita que seu filho seja moldado por Deus: Não queira poupá-los dos problemas inerentes à vida humana. Se for o caso, deixe-o passar por alguns apuros, isso irá ajudá-lo a amadurecer. Estimule-o a orar, a recorrer e a depender de Deus.
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