Tamar não tinha culpa dos pecados escondidos de Judá, tampouco das maldades de seus filhos e da omissão de sua sogra. Ela se entregou para a família de tal maneira que já se via parte dela, mesmo que esta não a merecesse.

Mas por quê? Não era para ela voltar para a casa do pai e nunca mais querer saber dessas pessoas que só a usaram?

Porque a sua sobrevivência dependia dessa família… sim, dessa família amaldiçoada… ou melhor, do que sobrou dela.

Esse costume da época era uma forma de amparar a viúva, já que ela não podia trabalhar. A viúva dependia totalmente de seus filhos e, como Tamar não os teve, ela estava literalmente prestes a se tornar uma moradora de rua.

Ninguém se casaria com ela, pois já tinha provado que nem descendência era capaz de dar; afinal, nunca engravidou dos seus dois maridos!

Judá não foi fiel a ela. Por isso, Tamar usou a sem-vergonhice dele para tomar o que era dela.

E Deus nisso tudo? Ele abriu o ventre da menina de tal maneira que ela pôde engravidar na sua primeira e última vez com Judá.

Golpe ou fé?