O governador de Nova York (NY-EUA) Andrew Cuomo confessou ter mentido sobre a quantidade de idosos mortos por COVID-19 em casas de repouso do estado. A mentira subestimou em 40% o número de idosos mortos.

Desde o início da pandemia, Cuomo ganhou destaque como o político anti-Trump, criticando as decisões tomadas pelo então presidente americano. A imprensa passou a tratá-lo como herói nacional, mesmo enquanto NY era o epicentro da pandemia.

Suas aparições diárias lhe renderam tanta popularidade que o governador ganhou um Emmy (principal prêmio da televisão mundial).

“Em meio à crise do coronavírus, ele se tornou uma figura nacional. Sua popularidade e aprovação dispararam. Ele se tornou o anti-Trump”, contou à BBC News Brasil, o cientista político Harvey Schantz, professor da Universidade Estadual de Nova York.

Aproveitando a popularidade, Cuomo decidiu que os idosos que recebessem alta em hospitais deveriam retornar imediatamente às casas de repouso em que residiam. A decisão foi muito criticada porque, nesses lares, os idosos não receberiam a atenção médica necessária, além de poderem transmitir o vírus a outros idosos.

Mentindo sobre o número de mortos por COVID-19, Cuomo reforçou sua decisão até quando lhe foi conveniente.

Há algumas semanas, a farsa foi descoberta e Cuomo confessou a mentira. Ele afirma que não registrou os idosos mortos em hospitais como idosos residentes em casas de repouso; mas que isso não influencia no número total de falecidos pela doença.

É possível acreditar?

Renúncia já!

As mentiras de Cuomo são tão graves que opositores já trabalham no impedimento jurídico do governador. Até mesmo membros de seu partido solicitaram publicamente que ele renunciasse ao mandato.

Milhões de manifestações na internet exigem a renúncia do governador, que se nega a tomar tal atitude.

Diversas vezes Cuomo chamou Donald Trump de mentiroso, o que lhe rendeu apoio até para se candidatar à presidência pela esquerda, em lugar de Joe Biden. Entretanto, a campanha não foi adiante e o governador apoiou Biden na campanha. Na imagem abaixo, os dois se abraçam em comício, durante a pandemia.

Cuomo agora está sendo investigado criminalmente e, entre as punições possíveis, está a perda de mandato e até mesmo prisão.

Mentiroso e violentador sexual?

Além de ser chamado de mentiroso, Cuomo também está sendo acusado de ser um violentador sexual. A primeira denúncia foi publicada em dezembro de 2020, pela ex-funcionária do governo estadual Lindsey Boylan.

“Cuomo me assediou sexualmente por anos”, tuitou Boylan. “Muitos viram, e só assistiram. Eu nunca conseguia antecipar o que esperar: eu seria cobrada por meu trabalho (que era muito bom) ou assediada pela minha aparência. Ou seria ambos na mesma conversa? Foi assim por anos”.

Ela afirma que o governador a beijou nos lábios à força.

Após essa denúncia, pelo menos outras cinco mulheres também vieram a público. Todas elas o acusam de assédio sexual, utilizando o mesmo comportamento em várias oportunidades.

A princípio, Cuomo se desculpou por “mal-entendidos”. Depois, passou a se recusar a falar sobre o assunto, que está sendo investigado pela Justiça. Apenas nega que tenha assediado alguém.

Entretanto, um dos maiores jornais do mundo, o Washington Post, publicou outra denúncia: a de que o governador seria também assediador moral.

Vários ex-funcionários de Cuomo alegam ter sofrido abuso verbal e manipulação emocional por parte do governador. O político criaria um ambiente “hostil e tóxico”, em que ele humilharia seus subordinados.

Esse é mais um exemplo de como a COVID-19 está sendo utilizada para fins políticos, com mentiras e manipulações. Clique aqui e veja como o mesmo está acontecendo no Brasil.