Governo Biden e a censura aos cristãos
Representantes do cristianismo ressaltam momento delicado na democracia americana
A perseguição aos cristãos e conservadores se intensificou desde que o esquerdista Joe Biden assumiu a presidência dos Estados Unidos da América (EUA). Após aprovar uma série de medidas que visa proteger e favorecer a comunidade LGBTQIA+, uma espécie de censura está sendo implantada até mesmo nas redes sociais.
É o que contou ao jornal local Christian Post o professor universitário cristão Robert Gagnon. O catedrático palestra aulas de Teologia do Novo Testamento na Universidade Batista de Houston e teve seu Facebook bloqueado por 24 horas após defender um amigo que criticou as novas medidas adotadas por Biden.
De acordo com o Facebook, a medida foi tomada porque o professor estaria “incitando a violência”, o que o professor cristão desmente:
“Não houve absolutamente nenhum incitamento à violência da nossa parte. Abominamos a violência cometida contra qualquer pessoa […] Essa é apenas uma desculpa patética e velada para a censura de qualquer visão crítica em relação à tirania trans em nossas consciências, religião e razão.”
De acordo com o estudioso, atualmente “apenas um ponto de vista está sendo permitido”, já que “estamos no meio de uma censura pública acelerada de nossas opiniões”.
Outras autoridades também se manifestaram
Além de Gagnon, outros diversos representantes de entidades cristãs americanas manifestaram sua preocupação com as medidas adotadas por Biden. Uma das mais criticadas é a que proíbe a “discriminação com base na orientação sexual e identidade de gênero”.
Na prática, essa lei proíbe, por exemplo, que meninos e meninas sejam obrigados a utilizarem banheiros diferentes. Já que não pode haver diferenciação entre orientação sexual e identidade de gênero, qualquer homem de qualquer idade pode entrar em um banheiro feminino. E vice-versa.
A Heritage Foundation, uma entidade de pensadores cristãos baseada na capital americana Washington, chamou a determinação presidencial de “imprudente”.
Já o presidente do Conselho de Pesquisa da Família Tony Perkins ressaltou que “a ordem executiva do presidente Biden visa efetivamente as pessoas de fé e organizações baseadas na fé que fornecem serviços sociais que são ainda mais vitais no meio de uma pandemia”.
De acordo com ele, “no final das contas, se esta ordem executiva puder ser totalmente executada, ela afetará os americanos comuns que mantêm valores bíblicos e conservadores”.
Perkins ainda ressalta que muitas das mudanças exigidas por Biden para todos os estados americanos vêm sendo rejeitados pelos verdadeiros legisladores do país – deputados e senadores – há anos.
Em tempo: assim como no Brasil, Presidência da República americana é um cargo executivo. Ou seja: é a autoridade máxima no cumprimento da lei do país. Os representantes eleitos para criar e mudar leis pertencem ao poder legislativo, sendo eles deputados e senadores.
Ou seja: Biden está passando por cima da autoridade dos verdadeiros legisladores.
Perkins lamentou a situação e alertou que, caso as medidas sejam aplicadas, é possível que “obriguem meninos e meninas a usar os mesmos chuveiros e vestiários, e talvez até mesmo beliches juntos em viagens escolares ”.
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