Governo quer dados de celulares para monitorar infectados
A medida foi defendida pelo ministro da saúde como forma de conter crescimento da pandemia. Saiba mais
Na última quarta-feira (1º), durante coletiva de imprensa, o ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, pediu para que as empresas de telefonia móvel liberassem o acesso dos dados pessoais dos clientes, a fim de agilizar o combate ao novo Coronavírus.
Segundo o ministro, desta forma, as autoridades de saúde conseguiriam localizar com mais agilidade e eficácia as pessoas infectadas, bem como, possíveis aglomerações e, assim, adotar as medidas necessárias.
No entanto, o pedido dele esbarra na legislação brasileira em vigor, que impede que as operadoras forneçam esses dados, pois viola o direito de privacidade assegurado por lei. Contudo, Mandetta disse que, se for o caso, o governo poderá regulamentar que, em casos de pandemia, essas informações tornem-se públicas.
Com acesso livre a essas informações, o governo terá a exata localização do indivíduo e conseguirá chegar até ele rapidamente, o que facilitaria o trabalho dos profissionais da saúde.
Esse tipo de controle já foi adotado em outros países, a exemplo da China, Coréia do Sul e Israel.
O Bispo Renato Cardoso, inclusive, comentou a respeito da situação desses países, durante reunião transmitida, recentemente, na qual falou sobre os 8 acontecimentos da pandemia que apontam para a volta de Jesus.
Ele destacou que em Israel e na China o governo está usando a tecnologia para rastrear as pessoas, por meio do celular. Ou seja, mesmo sem autorização, o governo controla todos os movimentos delas.
Direito coletivo em detrimento do individual
Isso nos remete ao terceiro acontecimento, mencionado pelo Bispo Renato, que aponta para o fim dos tempos: o direito coletivo supera o individual.
“O direto individual da pessoa é superado pelo direito da comunidade. Aquele sistema do controle social, da vigilância do governo sobre o que o cidadão está fazendo já está se tornando uma norma. As pessoas vão ser controladas em nome do bem comum”, alertou o Bispo, na ocasião.
Esse é o principal argumento por trás das medidas tomadas pelo governo. Abrir mão da própria liberdade, a fim de garantir a saúde de todos.
Por fim, o Bispo chama atenção para o fato de que todas as ações tomadas até agora têm o apelo de proteger a saúde da população: “Quem é que vai combater a ideia de que temos de salvaguardar a saúde de todos? Quem vai dizer que a saúde não é importante? Ninguém! Mas, o que acontece na prática? Muitas pessoas, por causa dessas medidas, estão perdendo o direito de ir e vir, não podem trabalhar, abrir seu comércio, ir à igreja, quer dizer, por causa do coletivo os diretos individuais vão sendo infringidos, vão ficando em segundo plano”, alertou.