Grupo promove jogo de futebol com a “cabeça de Bolsonaro”
A atitude do "coletivo de arte e ativismo Indecline" escancara o “ódio do bem”. Entenda a situação
Com a desculpa de estar produzindo “arte”, o coletivo “Indecline” tem feito uma série de vídeos em que aparece usando “a cabeça” de líderes mundiais como bola de futebol. Donald Trump já foi alvo do grupo, que diz fazer um protesto contra as políticas adotadas pelos governantes.
Esta semana, o presidente Jair Bolsonaro foi o mais novo alvo deles. Em um vídeo, publicado nas redes sociais do grupo, a cabeça do presidente do Brasil também foi utilizada como bola de futebol.
Na publicação, o coletivo afirmou que “a América Latina tem uma história longa com ditadores” e que o presidente Jair Bolsonaro faz discursos que “esboçam sonhos molhados dele de restabelecer essa política”.
“Ódio do bem”
A realidade é que o ocorrido revela o que muito tem se falado hoje em dia. O famoso “ódio do bem”. Ou seja, quando um grupo se une para destilar veneno, ódio, falta de respeito e intolerância a seus opositores travestidos de “liberdade de expressão.”
“Não é a primeira vez que esse ‘ódio do bem’ vem à tona, bem como não é de hoje que se constrói uma justificativa para separar os que merecem viver dos que devem morrer’, afirmou a jornalista Patrícia Lages em seu blog.
Todavia, a pergunta que fica é: por se tratar do Bolsonaro, isso é tolerável? O que teria acontecido se, por exemplo, uma figura da esquerda política tivesse sido retratada da mesma maneira?
A ala progressista que tanto prega amor, fraternidade e empatia, hora ou outra é pega praticando ódio, intolerância e discriminação. Como aconteceu, recentemente, quando um jornalista afirmou que a “liberdade dos brasileiros está condicionada à morte de pastores da Universal.”
Ou quando outra jornalista escreveu um texto, contando as razões pelas quais ele “acreditava que Bolsonaro deveria morrer”, após contrair COVID-19.
A verdade é que a empatia e o amor ao próximo que essas pessoas pregam, na verdade, são destinados apenas a quem pensa como eles. Para eles, desejar a morte de alguém que pense diferente é justificável e a pluralidade de ideias deve ser extinta, junto com a vida do Presidente da República.