Em 14 de setembro, o The Wall Street Journal publicou um relatório detalhado sobre como o Instagram, que pertence ao Facebook, contribui no aumento da ansiedade e do incentivo ao suicídio entre os adolescentes usuários da rede social.

Isso acontece porque o aplicativo abre uma “janela” para que os adolescentes recebam uma descarga gigante de informações sobre outras pessoas – algo que nos tempos “pré-redes sociais” era quase impossível.

Eles sabem

Documentos internos da empresa, de 2019, mostraram que os profissionais por detrás do sistema sabiam das consequências psicológicas entre os usuários – mas, nunca admitiram ou fizeram algo a respeito.

Em um trecho dos documentos, por exemplo, a equipe confirma que a plataforma tornou os “problemas de imagem corporal” piores para uma em cada três meninas adolescentes.

É senso comum que na idade da adolescência há muitas inquietações relacionadas com a vaidade e o que é socialmente aceito. O que o Instagram e outras redes sociais fizeram foi exponenciar e catalisar o efeito disso nesta fase da vida. O efeito colateral é que isso pode desencadear depressão, crise de identidade e até o desejo de suicídio nos jovens vulneráveis.

Extremamente viciante

Um artigo publicado no Medium, em setembro de 2020, mostrou como o algoritmo de recomendações de vídeos de outra rede social, o TikTok, opera altamente no sistema de recompensas do cérebro. E isso é extremamente viciante. Ou seja, a rede social foi propositalmente pensada para segurar o jovem na tela do celular por horas e horas.

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Apenas os lucros

O interessante é que os responsáveis por detrás desses sistemas não somente omitem isso como também só estão cada vez mais engajados em olhar para os ganhos financeiros e lucrar em cima de jovens cada vez mais ansiosos, inseguros, depressivos e com desejos suicidas.

Em março de 2021, quando o Congresso estadunidense questionou Mark Zuckerberg sobre a relação das crianças e a saúde mental nas redes sociais, ele apenas se limitou a afirmar que os aplicativos sociais ajudam a conectar as pessoas e isso é saudável. Entretanto, o tempo tem mostrado que as consequências vão para muito além disso. Sobretudo, em jovens e adolescentes que estão em processo de formação de suas mentes e identidade.

Um grande desafio

Assim, vale observar que os pais estão diante de um grande desafio. Porque, cortar de maneira totalitária os dispositivos eletrônicos dos filhos é o mesmo que dizer para eles “não tenha amigos”. Pois, diferentemente do que acontecia nas gerações X e millennials, as crianças não se encontram mais nas ruas para brincar. E o cenário da pandemia da COVID-19 agravou ainda mais esta situação. O mundo mudou radicalmente.

Como não agir para afastar os filhos?

Desse modo, os pais são os únicos verdadeiros aliados dos filhos. Durante o Encontro com Deus, do dia 12 de setembro, o casal Bispo Renato e Cristiane Cardoso explicou que é necessário um equilíbrio: não prender demais e pôr limites o suficiente.

“Prender o seu filho simplesmente vai afastá-lo de você. Então, não funciona o ‘prender demais’. Porque, nós, pais, pelo medo de algum mal sobrevir aos nossos filhos, nós queremos colocá-los dentro de uma redoma”, disse o Bispo Renato. “Por outro lado, nós temos o outro extremo, que é quando o pai e a mãe não coloca limite algum”.

“O principal papel do pai e da mãe é educar os filhos. Você já está aqui há mais tempo do que eles. Você sabe, com a sua própria experiência, o que dá certo e o que não dá, o que é bom e o que não é”, observou Cristiane Cardoso.

Portanto, o tempo atual exige mais do que nunca que haja confiança e união entre pais e filhos. Pois, os desafios são maiores.

FTU

Em toda a Universal, há o grupo Força Teen Universal (FTU) que realiza um acompanhamento junto aos adolescentes, entre 11 e 14 anos de idade. Para saber mais, você pode procurar por uma Universal mais próxima de sua casa (consulte o endereço aqui).