O estado do Amazonas enfrenta uma seca severa após o Rio Negro atingir a pior marca em 121 anos. Dentre os muitos afetados, está a população ribeirinha e, pensando nesse segmento, no último domingo (19), voluntários do Unisocial EVG realizaram uma ação na Marina do Davi — principal terminal público de Manaus para deslocamento das comunidades ribeirinhas —, com doações e serviços gratuitos, que ajudaram cerca de 400 famílias residentes na região.

A campanha “SOS Unisocial Seca no interior do Amazonas” teve o apoio de 300 voluntários, que levaram conforto e esperança aos necessitados, além de distribuir 400 cestas básicas, 2,1 mil garrafas de água mineral, 510 peças de roupa, 140 brinquedos para as crianças e, ainda, hipoclorito de sódio, para ajudar a eliminar microrganismos presentes na água que poderiam ocasionar doenças.

O responsável pela ação, Marcelo Brauna, explica que decidiram fazer o trabalho social neste ribeirinho devido à situação de vulnerabilidade da população. “Muitos aqui vivem da pesca e, como estamos vivendo uma grande seca no Amazonas, identificamos que essas pessoas estão com muita necessidade de alimentos, água potável, assistência social e também acolhimento emocional”.

“Nesse momento, só Deus na nossa vida, porque além da seca, só Ele para mandar água”, disse (em meio a lágrimas) Natanael da Silva, um dos beneficiados pela iniciativa. Ele contou aos voluntários que tem sofrido com essa situação, pois trabalha como piloto de lancha, transportando turistas para conhecer a Amazônia e, sem água nos rios, não tem como trabalhar, sendo que é o único que leva o sustento para a família. Além disso, caminha todos os dias, uma hora e meia, para chegar em casa, trajeto que durava cerca de 20 minutos de lancha. Ele ficou emocionado e feliz em ver a comunidade receber ajuda humanitária.

Além dos donativos, o Unisocial EVG — mantido pela Igreja Universal do Reino de Deus — ofereceu gratuitamente: atendimento médico (consulta com clínico geral, aferição de pressão e teste de glicemia), atendimento psicológico, massoterapia, consulta veterinária (aplicação de medicamentos, vermifugação e corte de unha), corte de cabelo, esmaltação de unhas e limpeza de pele.

Amparo às vítimas das queimadas 

Além do sofrimento causado pela grande seca que atinge a Amazônia, a população do estado também enfrentou as consequências das queimadas. Sendo que, em outubro, foram registrados 22 mil focos — a pior marca para o mês nos últimos 15 anos.

Em meio ao caos, o programa social prestou assistência a cerca de 300 moradores das cidades de Autazes, Careiro Castanho e Manaquiri, localizadas no interior do Amazonas.

Nessas localidades, os voluntários distribuíram, ao todo, 922 kg de alimentos não perecíveis, além de peças de roupa, refeições e o oferecimento de serviços gratuitos.