Iniciativa oferece acolhimento a 1,7 mil garotas de programa e transexuais

“Uma Linda Mulher” será neste domingo (23), nos 26 estados e no Distrito Federal

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O programa social EVG Night realizará, neste domingo (23), um trabalho especial voltado ao apoio social e emocional de garotas de programa e transexuais, nos 26 estados e no Distrito Federal. Trata-se do evento “Uma Linda Mulher”, que com o apoio de 840 voluntários, tem a expectativa de beneficiar cerca de 1,7 mil pessoas.

“Recebi um abraço da voluntária e ouvi ela dizer que eu tenho valor. Isso não tem preço”, relata Suzana (nome fictício), que estava se sentindo sobrecarregada quando chegou a uma edição anterior do evento. Ela acrescenta: “Recebi atenção das meninas e não fui julgada pela minha profissão. Mas, sim, ajudada”.

A ação acontecerá em 110 cidades brasileiras, com um cuidado que vai de dentro para fora: as participantes receberão uma palestra para ajudá-las a enxergar a beleza interior e aprender a superar mágoas, rancores e traumas do passado. Também haverá suporte emocional para aquelas que desejarem conversar.

Além disso, as voluntárias proporcionarão cuidados estéticos — como manicure, maquiagem e penteado — para que as participantes se sintam ainda mais valorizadas e confiantes ao final da ação.

Tarde de acolhimento no Maranhão

A exemplo do que acontece no resto do país, São Luís (MA) também vai receber o evento. Na cidade, a ação principal será a partir das 13h30 — na Rua Oswaldo Cruz, 1.600, com o suporte de cerca de 50 voluntários. Em relação aos demais estados, São Luís contará com alguns atendimentos especiais. Uma tarde acolhedora aguarda 60 garotas de programa e transexuais, pois serão oferecidos serviços gratuitos como manicure, design de sobrancelha, corte de cabelo, escova e chapinha — além da distribuição de 100 kits de lanches, contendo bolo, salgados, salada de frutas e suco.

A voluntária maranhense Alessandra Duarte lembra de um caso que a marcou profundamente: “Vi uma mulher chorando por estar naquela situação. Ela me disse que não queria estar ali, mas que fazia isso para não deixar seus filhos passarem fome. Eles nem sabiam o que ela fazia, e ela não tinha forças para sair dessa vida”. A recordação deste caso triste leva Alessandra a destacar a importância de levar uma palavra de esperança a essas mulheres: “Muitas vezes, elas se sentem sozinhas e vazias”, completa.

 

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Colaborador

Unicom / Fotos: cedidas