Um novo inquérito descobriu que cerca de 216 mil crianças foram abusadas sexualmente pelo clero da Igreja Católica Francesa desde 1950. De acordo com o relatório, havia pelo menos 3 mil abusadores dentro da instituição e o responsável pela investigação ainda acusa que a igreja demonstrou uma “indiferença cruel para com as vítimas”.

Com quase 2.500 páginas, o documento afirma que a maioria das vítimas eram meninos, muitos deles com idade entre 10 e 13 anos. O chefe do inquérito, Jean-Marc Sauvé, informou aos jornalistas que a Igreja Católica não apenas falhou em prevenir os abusos, como também em denunciá-los.

“Houve um monte de negligência, de deficiência, de silêncio, um encobrimento institucional”, disse ele.

A investigação revela que o número de crianças abusadas, só na França, pode chegar a 330 mil, contando as violências cometidas também por membros da instituição, como professores de escolas católicas.

Anos de violência

Sobretudo, essa não é a primeira vez que a Igreja Católica está envolvida em crimes de pedofilia e abusos sexuais. Casos recentes, como o do ex-cardeal da Igreja Católica, Theodore McCarrick, que foi acusado de pedofilia, por abusar de crianças em sua casa de praia. O processo foi aberto em Nova Jersey (EUA) e veio à tona em julho do ano passado, quando foi acusado de abusar de mais uma pessoa. Já em maio deste ano, uma reportagem da BBC expôs a história de sequestro, tortura e tráfico mantido pelo Catolicismo durante séculos.

Os casos são inúmeros e por muito tempo ficaram escondidos debaixo dos panos. Porém, a verdade se torna libertadora na vida de quem a escolhe. No instante em que é revelada, os enganos e as mentiras não têm mais vazão. Foi o que aconteceu com o ex-padre jesuíta, Alberto Rivera.

Sua história de vida e as verdades que ele descobriu ao longo dos anos dentro da instituição católica (o que o fez despertar) são contadas na coleção de revistas em quadrinhos, chamada Alberto.

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