Inspirando a juventude
Reclusos da Fundação Casa no litoral se surpreendem com o exemplo de vida de voluntário do grupo Universal Socioeducativo
Jovens internos em unidades de ressocialização também ficam de férias escolares, pois, apesar de receberem estudo dentro das unidades, seguem o modelo padrão e descansam nos meses de dezembro e janeiro. Nesse período, eles têm mais tempo vago, que pode ser preenchido com atividades que os ajudem a largar de vez a vida do crime.
Sabendo disso, o projeto “Universal Socioeducativo” leva a algumas unidades da Fundação Casa do litoral paulista a visita de Carlos Rubens Cruz Júnior, de 40 anos (acima do lado direito na foto), que teve um passado parecido com o vivido no presente por muitos deles. “Aos 14 anos, comecei a usar cocaína, fui expulso de casa por roubar minha mãe e fiquei nas ruas por aproximadamente 2 anos. Nunca fui preso, mas cometi assaltos e furtos”, afirma.
Após a maioridade, mesmo tendo saído das ruas, ele continuava preso ao vício, o que estava destruindo seu casamento. “Fui para o quartel e lá conheci minha esposa. Eu mentia para ela sobre as drogas, deixava faltar tudo em casa. Estávamos prestes a nos separar aos 28 anos, quando decidimos ir para a igreja”, lembra.
Não demorou muito para que o jovem casal visse mudanças: logo no primeiro dia, Carlos foi liberto das drogas. Com o tempo, eles firmaram seu compromisso com Deus, ele se tornou obreiro voluntário na Universal e se estabeleceu em sua profissão de estivador no maior terminal de containers da América Latina.
Mas ele não se acomodou. Está fazendo faculdade de direito e, após ser alertado da necessidade de sair do sedentarismo, iniciou a prática do futebol americano. “Com isso emagreci trinta e dois quilos e jogo pelo Santos Futebol Clube”, diz.
Inspiração
Hoje, a trajetória de Carlos serve de exemplo para os jovens que visita durante os eventos da “Universal Socioeducativo” nas unidades do litoral. “Começo falando do esporte e eles gostam muito. Mas quando conto meu testemunho a reação deles é maravilhosa, a fisionomia muda. Quando digo que hoje sou o orgulho da minha família, os olhos deles chegam a brilhar”, conta.
O pastor Emerson Lemos é o coordenador local do trabalho evangelístico e já levou as palestras com Carlos para Praia Grande, Santos e Guarujá. No total, 139 garotos participaram das ações. “As próprias unidades pedem essa visita para ocupar o tempo dos internos com coisas boas. A intenção é despertá-los para um outro nível de vida, principalmente, espiritual”, afirma o pastor, que também confirma a reação de surpresa dos jovens ao ver Carlos vestido com o uniforme do esporte. “Fazem várias perguntas, pedem para ver a bola, o capacete, ficam impactados”.
Para ver mais ações sociais do grupo, visite a página oficial do grupo no Facebook.
Se quiser ser um voluntário vá à Universal mais próxima. Clique aqui para buscar o endereço.