Introdução alimentar: um desafio a partir dos seis meses

Essa é uma das fases mais importantes da vida e influencia o comportamento que a pessoa levará para sempre. Como os pais podem fazer para que esse processo seja bem-sucedido?

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A alimentação tem alto impacto na vida de um ser humano, principalmente quando mal realizada. E muitos problemas de má alimentação começam ainda na primeira infância, que é quando o bebê passa a ter contato com os alimentos – aliás, o paladar é formado até os dois anos de idade e, a partir disso, é cada vez mais difícil mudá-lo.

O Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani) mais recente, realizado pelo Ministério da Saúde (MS) entre 2019 e 2020, constatou que apenas 22,2% das crianças de até 24 meses de vida têm vegetais e frutas como base de sua alimentação; mas a maioria delas consome ultraprocessados.

Como consequência, em 2022 o Brasil já tinha 340 mil crianças obesas com idade entre cinco e dez anos, segundo o Sistema Nacional de Vigilância Alimentar e Nutricional, também ligado ao MS.

E é sabido que esses problemas iniciados na primeira infância e desenvolvidos um pouco depois seguem pela adolescência até a vida adulta. Então como evitar que isso aconteça com a sua criança?

Esses e outros problemas podem ser evitados por uma boa introdução alimentar. A pediatra e nutricionista Karine Durães, autora do livro Comendo Feliz – um guia do nascimento até os 7 anos, explica que “introdução alimentar é o nome que se dá ao processo da aprendizagem alimentar do bebê. Quando a introdução alimentar acaba, o bebê é capaz de se alimentar bem, de maneira autônoma e colaborativa”.

Ela conta que esse processo tem início quando a criança tem por volta de seis meses de vida e ele dura cerca de um ano e meio. É uma transição na qual o bebê deixa de apenas mamar e começa a ingerir outros alimentos. “Transições mais tranquilas seguem um ritmo tranquilo”, afirma Karine. “Um bebê de seis meses deve mamar muito. Um de nove meses talvez um pouquinho menos. E assim será de tempos em tempos, cada um em seu ritmo, até o bebê virar uma criança que obtém seus nutrientes exclusivamente dos alimentos”.

A especialista ainda destaca que “há adultos que, por não haverem tido uma boa ou conclusiva introdução alimentar, possuem dificuldades na saúde e na vida em geral, devido a maus hábitos alimentares e por não terem familiaridade com os alimentos”.
Entenda mais sobre esse processo e sua importância lendo as informações do infográfico abaixo.

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Colaborador

Camila Teodoro / Arte: Edi Edson