Jejum de Zacarias: 21 dias silenciando as murmurações

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O sol que causa calor demais, a chuva torrencial que o impede de se locomover, o trânsito que estressa, a demora do ônibus que fará com que você se atrase, o cônjuge que deixa a toalha em cima da cama, o filho que não arrumou o quarto, as despesas mensais que ficam cada vez mais altas, o fim de semana que só tem dois dias, mais uma segunda-feira para encarar, a comida que queimou, a internet que oscila e tantas outras coisas que estão fora do nosso alcance acabam sendo motivos de lamúrias. O hábito de reclamar acaba sendo uma catarse, um momento usado como um bálsamo para não deixar que o desgosto consuma o coração. Mas será que é isso mesmo?

Não é de hoje que estudos indicam que o simples ato de reclamar pode danificar o cérebro. Isso mesmo! Um estudo da Universidade de Stanford, por exemplo, revelou, por meio de exames de ressonância magnética, que meros 30 minutos de reclamação acabam liberando cortisol (hormônio produzido durante momentos de estresse) e isso causa danos ao cérebro, como o encolhimento do hipocampo, a região responsável pela formação de memórias, aprendizado, emoções e processamento de eventos que representam alguma ameaça. E, como bem sabemos, a saúde mental interfere e muito tanto na saúde de todo o nosso corpo como na nossa vida.

Só que antes de qualquer estudo científico chegar a essa conclusão, a Palavra de Deus já anunciava em Provérbios 13.3: “O que guarda a sua boca conserva a sua alma, mas o que abre muito os seus lábios se destrói” . A verdade é que toda e qualquer situação pode ser vista como um motivo para reclamar ou um motivo para agradecer. Tudo depende da sua escolha. E optar por agradecer e ver o que determinada situação traz de bom não é ignorar um possível problema, como muitos pensam, mas uma forma de enxergar a situação com uma lente limpa.

Até porque, se o hábito de reclamar traz malefícios, o oposto também acontece. Ou seja, o hábito de agradecer traz benefícios. Não é à toa que em 1 Tessalonicenses 5.17-23 lemos a instrução: “Orai sem cessar. Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco. Não extingais o Espírito. Não desprezeis as profecias. Examinai tudo. Retende o bem. Abstende-vos de toda a aparência do mal. E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”.

É com essa visão que a Universal está vivendo, desde 3 de março o Jejum de Zacarias. O propósito, inicialmente de 21 dias, tem o objetivo de instigar as pessoas a vigiar suas palavras, renunciando ao hábito de se lamentar, reclamar ou, até mesmo, enxergar obstáculos para o cumprimento da Palavra de Deus em sua vida. Esse Jejum é embasado na experiência do sacerdote Zacarias, que, depois do anúncio do anjo de que Isabel, sua esposa estéril e de idade avançada, geraria um filho em seu ventre, optou por duvidar e apresentar obstáculos, ficando mudo por nove meses (Leia mais em Lucas 1).

Aliás, cá entre nós: é relativamente fácil se abster de alimentos, bebidas e até de informação (como é o caso do Jejum de Daniel), no entanto, se abster de um hábito tão intrínseco ao ser humano, como é o ato de reclamar, não é tão fácil quanto parece, uma vez que requer um policiamento maior sobre pensamentos, sentimentos e palavras, mas é possível e libertador, pois percebemos que há muito mais motivos para agradecer do que para se lamentar. E, se você ainda não começou, ainda dá tempo! Afinal, o objetivo não é voltar a reclamar de tudo e mais um pouco a partir de 23 de março, mas, sim, viver dia após dia com mais gratidão e submissão à Palavra de Deus enquanto agimos com menos lamentações, reclamações, palavras negativas, julgamentos, críticas e falas que nos adoecem. Experimente usufruir do poder que há em suas palavras (Provérbios 18.21).

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Colaborador

Da redação / Foto: maurusone/getty images