Joabe e Mizpá são o retrato de muitos casais dos dias de hoje
Entenda como os traumas do passado interferem no seu presente e nos seus relacionamentos
Joabe, personagem de Mário Bregieira em Reis – “O pecado”, nunca quis parecer ser um marido fiel, pelo contrário, fazia questão de gritar aos quatro ventos que não era homem de uma mulher só. Até gostava de sua fama de conquistador e, por que não dizer, traidor.
A raiz:
Em alguns momentos ele até parecia estar sendo sincero quando prometia a Mizpá (Camila Mayrink) que ia mudar, porque no fundo ele amava a esposa, mas não demorava muito lá estava ele fazendo a mesma coisa. A verdade é que esse comportamento de Joabe tinha uma raiz, embora ele mesmo não tivesse plena consciência disso.
Pessoas quebradas quebram relacionamentos:
Essa raiz tinha sua origem na infância, como explica a autora de Reis, Cristiane Cardoso:
- Toda bagagem que ele carregava desde a sua infância, vendo sua mãe, Zeruia, trair o seu pai, depois se prostituir como forma de se vingar dos homens e de si mesma, espirrou no filho, que cresceu com raiva de todas as mulheres. Não tinha como Joabe ser feliz no amor, não tinha como ele parar de trair Mizpá, porque ele era um homem quebrado e pessoas quebradas, quebram relacionamentos.
- Em contrapartida, Mizpá quis dar o troco, o traiu, e assim confirmou para ele que não podia confiar em mulher.
- Joabe precisava se curar das feridas que colecionou enquanto criança. Já Mizpá precisava se amar mais.
Confira a cena em que ele coloca para fora toda aquela dor que carregava desde a infância e que agora foi ainda mais acentuada pela traição da esposa:
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The Love School – A Escola do Amor:
Na ocasião, foi usado como exemplo o casamento conturbado dos atores Johnny Depp e Amber Heard, que após o divórcio foram parar nos tribunais.
Ambos tiveram a infância marcada por violência, vícios e abuso, que também se repetiram no relacionamento do casal.
Avalie o seu passado:
O apresentador Renato Cardoso explica que a infância não deve ser um álibi para justificar atitudes erradas, mas é necessário avaliar se o passado está afetando o presente e buscar a ajuda necessária.
- “Na nossa infância nós não fomos responsáveis pelo que nos aconteceu, mas na vida adulta sim. O errado é você continuar sendo vítima do que aconteceu no passado sem fazer nada para mudar essa história”, diz.
A infância explode no casamento:
Cristiane acrescenta que a raiva, o ódio, a mágoa, enfim, toda aquela dor causada por um trauma de infância não vai embora por si só. Então, na vida adulta, toda essa carga de emoções negativas vai ser descontadas na pessoa que está mais próxima, que normalmente é a esposa ou o marido.
- “A infância explode no casamento porque muita gente ainda está machucada. A pessoa já está idosa e ainda está machucada da infância. Nunca curou, nunca entendeu as causas, porque ela faz as coisas que faz e nunca entendeu como ela pode apagar esse programa, você pode atualizar o seu programa, pode aprender melhor e fazer diferente, mas se a pessoa não tem essa consciência ela não vai buscar essa ajuda”.
Retrato de muitos casais:
Infelizmente, essas não são histórias isoladas, assim como o casamento de Depp e Amber e Joabe e Mizpá, existem muitos casais passando pelos mesmos problemas cuja raiz também está em traumas do passado não curados. “E enquanto um não for forte o suficiente para buscar ajuda, os dois vão continuar se machucando até não sobrar mais nada entre eles, só os filhos”, lamenta.
Curso da “Reconstrução do Eu”:
Você que se identificou com o tema e reconhece que também carrega traumas do passado que tem interferido nos seus relacionamentos e sido um empecilho para a sua realização amorosa, venha participar do Curso da Reconstrução do Eu 2.0, que acontece todas as quintas-feiras, na Terapia do Amor.