Roberto Cazzaniga, de 42 anos, jogador da segunda divisão do vôlei italiano, passou 15 anos acreditando que namorava a modelo Alessandra Ambrósio. O relacionamento era somente virtual, eles nunca chegaram a se ver, nem por câmeras.

“Nós nunca nos conhecemos. Ela deu mil desculpas, como doença e trabalho. E ainda assim me apaixonei por aquela voz, uma chamada após a outra. Os contatos eram apenas pelo celular, quase que diariamente”, disse ao jornal italiano Corriere della Sera.

A mulher do outro da linha, na verdade, era uma estelionatária de 50 anos chamada Valeria, que fingia ser a modelo brasileira. Integrante de uma quadrilha, ela se identificava inicialmente como Maya e apelava para supostos custeamentos de problemas cardíacos. Nesse ínterim, o italiano depositou 700 mil euros (R$ 4,3 milhões).

O golpe só foi descoberto após familiares e amigos desconfiados, levarem o caso à imprensa e reunirem um dossiê com provas de que ele estava sendo enganado. “Tenho tantas dívidas, não é fácil ‘acordar do coma’”, lamentou Cazzaniga no programa televisivo da ‘Mediaset’.

Cai no golpe quem quer?

“O golpe tá aí, cai quem quer”. Essa música famosa é sempre usada em situações assim e está em alta nas redes sociais. Mas na maioria dos casos as vítimas não caem porque quiseram, mas ficaram cegas pelos sentimentos.

Durante programa da Escola do Amor, a psicóloga Pamela Magalhães explicou que normalmente a carência faz parte do perfil das vítimas dessa situação. “Elas são vulneráveis, recém-saídas de um relacionamento ou estão há muito tempo sem se relacionar. Essas pessoas (os golpistas) sabem muito bem o que dizer, o que fazer e como montar um personagem que acaba encaixando naquilo que elas querem”, disse.

A pessoa é solitária, tem um histórico de muitas frustrações, mas quer ser feliz no amor. Carente, ela fica mais suscetível ao golpe, pois está tão desejosa de suprir a carência, que faz de tudo para alcançar seu sonho, até ver o que não existe.

O maior golpista do mundo

Na verdade, o maior golpista do mundo não são os cafajestes ou mulheres interesseiras, mas o coração. É por causa dele que as pessoas caem em armadilhas.

“É ele quem cria expectativas, faz seus donos desejarem uma qualidade que a pessoa apresentou (que nem sempre é verdade) e ignorar todos os outros fatos sobre a situação. Tenha cuidado, pois é assim que ele trabalha e leva muita gente para o brejo”, aconselha Renato Cardoso.

O amor precisa ser inteligente, pensar, avaliar. E na Terapia do Amor você cura seu coração ferido e aprende o amor inteligente. Participe das palestras que acontecem toda quinta-feira, às 10h, 15h e 20h, no Templo de Salomão.

Além disso, você também pode ir à Universal mais próxima de sua casa. Encontre o endereço aqui.