Jornalismo da Record TV conquista o One World Media, prêmio internacional inédito para o Brasil
O documentário Agricultoras Violentadas, exibido no Repórter Record Investigação, retrata a violência contra a mulher no campo
A Record TV, com o documentário Agricultoras Violentadas, tornou-se a primeira emissora brasileira a conquistar o prêmio One World Media, um dos mais importantes da comunicação mundial. O anúncio foi realizado nesta quinta-feira (17), em Londres.
O prêmio tem entre seus parceiros o European Bank, a Cruz Vermelha britânica e grandes empresas de comunicação, como a BBC e o Google, e foi criado para incentivar reportagens de impacto em todo o hemisfério sul.
Exibido em setembro do ano passado, no Repórter Record Investigação, o documentário flagrou um fenômeno cada vez mais grave nas metrópoles brasileiras, mas ainda obscuro no campo, a violência contra a mulher.
A reportagem da Record TV chegou à final da categoria Documentário de Televisão, disputando com produções de dois gigantes da mídia internacional: a Al Jazeera e a americana PBS. Na etapa anterior, dentre os dez finalistas, foi a única representante da América Latina. No total, o One World Media teve mais de 500 trabalhos inscritos.
A emissora tem conquistado nos últimos anos reconhecimento internacional por seus trabalhos no jornalismo. No ano passado, já havia ficado entre os finalistas do One World Media. Além disso, já venceu três edições de um dos mais prestigiados prêmios do jornalismo mundial e o maior nas línguas espanhola e portuguesa, o Rei da Espanha, em 2016, 2019 e 2020.
A equipe do documentário foi composta por Ivandra Previdi, Catarina Hong, Rogério Guimarães, Mariana Ferrari, Alessandro Cezario, Camila Babilius, Carlos Francisco, Glauco Giani, Anthony Barcellos, Lamberto Borges, Rodrigo Alves, Thiago Teixeira, Miguel Wesley, Giulia Gazetta, Laura Ferla, Gilson Fredy, Hugo Costa, Caio Laronga, Leandro Pasqualin, Rafael Ramos, Renan Laranjeira, Renata Garofano, Priscilla Grans, Mateus Munin, Marcelo Magalhães, Cristiane Massuyama, Gustavo Costa e Pablo Toledo. A apresentação foi de Adriana Araújo.
Com direção executiva de Aline Sordili, Clóvis Rabelo, Domingos Fraga, Rogerio Gallo e Thiago Contreira; e vice-presidência de Antonio Guerreiro.
Sobre a reportagem
Apesar de o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) revelar que, a cada duas horas, uma mulher é assassinada no Brasil. Porém, não se sabe quantas são ameaçadas, agredidas e mortas em áreas rurais no país, pois não há dados específicos de violência doméstica no campo. O documentário dá visibilidade para essas pessoas, abusadas de todas as formas, longe dos grandes centros.
O programa acompanhou histórias de mulheres do interior de Goiás e de Minas Gerais que sofrem com violência física e psicológica, além de enfrentar longas jornadas de trabalho.