Jovem relata arrependimento após passar por cirurgia de transição de gênero

O caso de Grace Lidinsky-Smith é um alerta sobre a disforia de gênero. Entenda o caso

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Tomar injeções de hormônios sexuais, ter os seios removidos cirurgicamente, começar a se transformar em um homem e depois perceber que estava completamente enganada. Esse foi o relato da jovem Grace Lidinsky-Smith, em um artigo publicado no portal Newsweek.

A sua história comovente foi contada, primeiramente, no noticiário “60 Minutes”, que gerou polêmica para os ativistas transgêneros. No entanto, ela fez questão de detalhar tudo que aconteceu com ela e denunciar a irresponsabilidade de alguns profissionais terapeutas que receitam a transição de gênero logo na primeira consulta.

“Eu tinha o ambiente mais favorável possível para a transição: fácil acesso aos hormônios, uma comunidade afirmativa e cobertura de seguro. O que eu não tinha era um terapeuta que pudesse me ajudar a examinar os problemas subjacentes que eu tinha antes de tomar decisões médicas sérias”, destacou ela, que se considerava obcecada por questões de identidade.

Após a aprovação médica para iniciar a sua transformação de mulher para homem, em quatro meses tomando remédios, ela fez uma mastectomia dupla, para retirada dos seios, o que lhe causou traumas, profunda tristeza e arrependimento. grace

“Pensei que tinha descoberto meu caminho para a autorrealização, mas, um ano depois, eu estaria enrolada em minha cama, segurando minhas cicatrizes de mastectomia dupla e soluçando de arrependimento. Me perguntei desesperadamente como pude estar tão errada sobre algo tão importante”, lamentou.

O que é disforia de gênero?

Ela confessa ter acreditado que a tal disforia de gênero era a prova que precisava para ser feliz vivendo como um homem, mas era apenas o resultado de outros problemas emocionais. 

Para quem não sabe, disforia de gênero é considerado um sentimento forte e persistente de que o sexo em que a pessoa nasceu não corresponde ao seu sentimento interno de ser do sexo masculino ou feminino. Sintomas que geram distorção na mente, fazendo a pessoa acreditar que precisa transicionar para outro sexo.

Depois de entender que não era isso que queria, Grace procurou ajuda e encontrou outras pessoas que passavam pelo mesmo que ela. “Os ativistas podem não querer admitir, mas não estou sozinha  em meu arrependimento. Durante minha busca para entender tudo sobre minha transição e o que deu errado, escrevi online, no Twitter e em um blog. Entrei em contato com muitos outros destransicionistas e descobri que muitas de suas histórias eram semelhantes às minhas”, detalhou.

Hoje ela alerta e se preocupa com outras pessoas que podem vim a viver o mesmo que ela viveu por causa de diagnósticos equivocados. E pior, se aflige ao perceber que querem ocultar casos como o dela. “Todas as pessoas merecem se sentir seguras o suficiente para contar suas histórias, mesmo que essas histórias sejam complicadas e politicamente inconvenientes. Sem esse apelo à verdade, mais pessoas – especialmente os jovens – serão vendidos para cuidados trans que sirvam para todos, que podem causar-lhes cicatrizes e arrependimento para toda a vida”, ressaltou.

Além disso, ela fez questão de destacar que em todo o mundo, a medicina já vem se mobilizando para atuar de forma diferenciada nesses casos, especialmente quando se trata de crianças e adolescentes. Como no caso Kiera Bell, na Grã-Bretanha, onde a suprema corte decidiu que é impossível que menores de 16 anos consigam consentir com o tratamento de transição de gênero, usando os bloqueadores da puberdade. Outro caso semelhante aconteceu na Suécia, onde um hospital impediu esse tratamento para menores de 16 anos, por precaução.

Documentário “O Vestido Roxo”

Para entender mais sobre casos de pessoas que se arrependeram da transição de gênero, o documentário “O Vestido Roxo”  conta a história real de Walt Heyer. Ele descreveu sua experiência ao mudar de gênero e voltar ao gênero em que nasceu. Na produção são dados detalhes da sua vida e como hoje, casado e feliz, consegue ajudar outras pessoas que estão passando pelo mesmo problema. 

O Vestido Roxo está disponível na plataforma Univer Vídeo, que possui uma coletânea de filmes, séries, documentários e programas edificantes para a fé cristã. 

 

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Colaborador

Isabel Tavares / Foto: iStock e reprodução