Jovens socioeducandos aprendem Libras
Grupos Libras e Socioeducativo se unem em iniciativa inédita
Pela primeira vez, o Grupo Libras Universal, em parceria com o Grupo Universal Socioeducativo (USE), promoveu, em fevereiro, uma oficina para ensinar os fundamentos da Língua Brasileira de Sinais (Libras) a menores que cumprem medidas socioeducativas. A iniciativa aconteceu em três Estados: São Paulo, Alagoas e Mato Grosso do Sul.
Quantos foram atendidos
A atividade foi conduzida por cerca de 20 voluntários engajados na promoção da acessibilidade e inclusão. Em São Paulo, ela ocorreu na Central dos Grupos do USE, no Templo de Salomão, com crianças e adolescentes e envolveu 50 jovens. Em Alagoas, a ação foi realizada no Abrigo Rubens Claro, em Maceió, e contou com a participação de 14 adolescentes. Já no Mato Grosso do Sul, a oficina aconteceu no Abrigo Uaica III, em Campo Grande, e dez jovens participaram.
Atividades desenvolvidas
Durante a oficina, os adolescentes aprenderam o alfabeto manual, sinais básicos de cumprimento e também uma canção em Libras, o que gerou maior interação entre os participantes. Além disso, dois adolescentes surdos, Ester, de 14 anos, e Victor, de 12 anos, compartilharam suas histórias com o grupo, o que proporcionou um momento de conscientização e empatia.
Palavra dos responsáveis
A parceria entre o Libras e o USE surgiu da necessidade de conscientizar os jovens para a importância da acessibilidade, especialmente para as pessoas mais vulneráveis.
Elizia Lucas, responsável pelo Libras no Brasil, fala da reação dos participantes: “Os adolescentes aprendem rápido e mostrar a eles que podem ser úteis na vida de alguém é algo muito valioso. Hoje em dia há muitas influências negativas e superficiais. Incentivá-los a enxergar que podem fazer a diferença para o bem na vida de outra pessoa é algo grandioso”.
Já o Pastor Ulisses Teixeira, responsável pelo USE no País, ressalta a importância da iniciativa: “Essa ação é muito importante porque temos muitas crianças que vivem em casas de acolhimento e que são surdas. Nessa ocasião todos tiveram a oportunidade de aprender mais sobre isso. A gente tem visto que a comunicação de muitos jovens tem sido deteriorada diante do que eles já vivenciaram. A comunicação que eles tinham era baseada em xingamentos e agressões. Assim, quando o Libras veio mostrando que há, sim, uma forma diferente de agir e que se pode usar os sinais para se comunicar foi de muita valia”.
Catimila Matos, voluntária participante da ação, destaca sua experiência: “Ver o contato das crianças e adolescentes com a língua de sinais, a maioria sem nenhuma experiência prévia, foi gratificante. Perceber a alegria deles ao aprender a soletrar seus nomes e cantar em Libras reforça o quanto essa iniciativa promove a inclusão e a acessibilidade”.
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