Pela primeira vez, o Grupo Libras Universal, em parceria com o programa social Universal Socioeducativo (USE), promoveu, no dia 16 de fevereiro, uma oficina para ensinar os fundamentos da Língua Brasileira de Sinais (Libras) a menores que cumprem medidas socioeducativas. A iniciativa alcançou aproximadamente 70 adolescentes em três estados brasileiros: São Paulo, Alagoas e Mato Grosso do Sul.

Quem participou:

• A atividade foi conduzida por cerca de 20 voluntários engajados na promoção da acessibilidade e inclusão.
• Em São Paulo (foto acima), a ação ocorreu na Central dos Grupos do USE, no Templo de Salomão, com crianças e adolescentes, envolvendo 50 jovens.
• Em Alagoas (foto ao lado), foi realizada no Abrigo Rubens Claro, em Maceió, contando com a participação de 14 adolescentes.
• Já no Mato Grosso do Sul (foto abaixo), a oficina aconteceu no Abrigo UAICA III, em Campo Grande, onde 10 jovens foram beneficiados.

Atividades desenvolvidas:

Durante a oficina, os adolescentes aprenderam o alfabeto manual, sinais básicos de cumprimento e também uma canção em Libras, o que proporcionou maior interação entre os participantes.

Além disso, dois adolescentes surdos, Ester, de 14 anos, e Victor, de 12 anos, compartilharam suas histórias com o grupo, proporcionando um momento de conscientização e empatia.

Objetivo e impacto da iniciativa:

A parceria entre o Grupo Libras Universal e o Socioeducativo (USE) surgiu da necessidade de conscientizar os jovens sobre a importância da acessibilidade, especialmente para os mais vulneráveis da sociedade.

Elizia Quadros da Silva Lucas, responsável pelo Grupo Libras Universal no País pontuou sobre a iniciativa.

• “Os adolescentes aprendem rápido, e mostrar a eles que podem ser úteis na vida de alguém é algo muito valioso. Hoje, há muitas influências negativas e superficiais. Incentivá-los a enxergar que podem fazer a diferença na vida de outra pessoa é algo grandioso”.

O Pastor Ulisses Teixeira, responsável pelo trabalho evangelístico do USE em todo o País, compartilhou sua visão sobre a ação:

• “Esse evento é muito importante porque nós temos muitas crianças que vivem em casas de acolhimento e que são surdas. Então, na ocasião, elas tiveram a oportunidade de aprender mais sobre isso. A gente tem visto que a comunicação de muitos jovens tem sido deteriorada diante do que eles já vivenciaram. A comunicação que eles tinham era baseada em xingamentos, agressões. Assim, quando o Grupo Libras veio mostrando que há, sim, uma forma diferente de agir e que se pode usar os sinais para se comunicar foi de muita valia”, finalizou ele.

Depoimento de quem participou:

Catimila do Nascimento Rocha Matos, voluntária, também destacou a importância do momento.

• “Participar da oficina de Libras foi muito marcante. Ver o contato das crianças e adolescentes com a língua de sinais, a maioria sem qualquer experiência prévia, foi gratificante. Perceber a alegria deles ao aprender a soletrar seus nomes e cantar em Libras reforça o quanto essa iniciativa promove a inclusão e a acessibilidade”, afirmou.

Até o momento, a oficina foi realizada apenas uma vez, sem previsão para próximas edições. No entanto, o impacto positivo gerado pelo projeto reforça a importância de ações que incentivem a inclusão e a conscientização social entre os adolescentes.

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