Justiça de Angola determina devolução de templos à Universal
Tribunal condenou “violência religiosa e racial” de invasores e mentiras espalhadas na Imprensa do país.
Em comunicado divulgado nesta sexta (2), a Igreja Universal do Reino de Deus de Angola informou que tribunais do país determinaram a saída dos invasores e a devolução, para a Universal, de templos localizados nas províncias de Benguela e Lunda Norte.
Em junho deste ano, um grupo de ex-pastores, expulsos por graves desvios de conduta, atacou e invadiu diversos templos da instituição no país africano. A ação foi orquestrada e violenta, e pastores, esposas de pastores e funcionários foram agredidos. Alguns ficaram feridos e precisaram receber atendimento médico.
O grupo que se autointitula “Comissão da Reforma”, desde então, vem praticando uma série de atos criminosos de agressão física, psicológica, ameaças, atos xenofóbicos (de ódio contra estrangeiros), difamações e perseguição religiosa.
De acordo com a nota da Universal de Angola, a Justiça entendeu que os invasores atuaram “de forma premeditada, coordenada e organizada para amplificar e instigar o ódio, a violência religiosa e racial, que tem estado patente nas suas condutas”.
O tribunal condenou, ainda, a estratégia dos invasores de espalhar mentiras pela Imprensa, “procurando sentenciar o fim” da Universal de Angola.
Para a Justiça, a conduta dos invasores “é ilícita e absolutamente inadmissível em um estado de direito, e apenas vem dar razão aquilo que a Universal tem reportado nas suas queixas-crimes e nos pedidos vários que tem feito às autoridades”.
Leia a íntegra do comunicado da Universal de Angola:
COMUNICADO DE IMPRENSA
Assunto: TEMPLOS RESTITUÍDOS EM BENGUELA E LUNDA NORTE
A IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS, Associação de Direito Privado, sem fins lucrativos, com sede na Avenida Comandante Nicolau Gomes Spencer, n.º 159, Bairro Maculusso, Província de Luanda, República de Angola, contribuinte fiscal número 5000391417 (“IURD”), vem comunicar o seguinte:
- A IURD tem vindo a ser alvo, desde novembro do ano passado, de um conjunto de acções levadas a cabo por um grupo de ex-pastores, que se intitulam de “Comissão de Reforma da IURD”, tendo a mesma reportado às autoridade competentes factos que configuram a prática de vários crimes graves, consubstanciados em diversos actos criminosos de violência física, psicológica, ameaças , atos xenófobicos, difamações, perseguição religiosa, entre outros.
- As diversas ilegalidades começaram a serem sancionadas pelos Tribunais Judiciais Angolanos.
- Assim, recentemente em Lunda Norte, através de providência cautelar requerida pela IURD, foi proferida sentença que ordenou a restituição da posse da Igreja ilicitamente ocupada pelos dissidentes, tendo sido proferido despacho em que se diz: “ Nesses termos, considero a posse da requerente Igreja Universal do Reino de Deus, com demais sinais de identificação dos autos, e a violência do esbulho, e nos termos das disposições conjugadas nos artigos 1279 do código Civil e 394 do código do processo civil, decreto a providência cautelar da restituição provisória de posse , da Igreja Universal do Reino de Deus, legítima proprietária pelos fundamentos aduzidos”.
- Em decisão semelhante, proferida neste mês de Outubro em Benguela também foi restituída a posse de Igreja igualmente ilicitamente ocupada pelos ex-pastores através de sentença em que o juiz refere que: “Os Requeridos, atuaram de forma premeditada, coordenada e organizada, orquestrando a tomada de assalto as igrejas da IURD a mesma hora, dessa forma, evitando qualquer resposta atempada por parte das autoridades, e de forma a amplificar e instigar o ódio, a violência religiosa e racial, que tem estado patente nas suas condutas, prestando declarações da comunicação social, procurando sentenciar o fim da requerente.
A conduta dos requeridos é ilícita e absolutamente inadmissível em um estado de direito, e apenas vem dar razão aquilo que a IURD tem reportado nas suas queixas crimes e nos pedidos vários que tem feito as autoridades…”,
- A Igreja Universal do Reino de Deus, seus Membros, Obreiros, Pastores e Bispos, sempre acreditamos que o estado de direito iria prevalecer diante de tais atos, por isso, esperamos confiantes na justiça humana e principalmente na justiça do nosso Deus, pois esta escrito: “ Não fará Deus Justiça aos seus escolhidos que a eles clamam de dia e de noite, ainda que tardio para com eles? Digo-vos que depressa lhes fará justiça. Lucas 18:7,8
Luanda 02 de Outubro de 2020
Igreja Universal do Reino de Deus