“Aquele, pois, que pensa estar em pé, veja que não caia” (1 Coríntios 10.12). Você provavelmente já leu ou ouviu esse versículo bíblico, mas já parou para analisar a seriedade e a profundidade desse alerta deixado pelo apóstolo Paulo?

Esse conselho, que Paulo deixou aos cristãos de sua época e aos atuais, é para que todos os que desejam manter a sua Salvação fiquem atentos a todo o momento para não se desviarem do seu Senhor.

É provável que você já tenha passado por um caminho escorregadio ou que apresentava algum risco de queda e, por isso, andou com cuidado, vigiando seus passos em alerta para não pisar em algo que o fizesse cair. Assim também deve ser na vida espiritual. Quem está de pé não está “mais a salvo” ou correndo menos riscos de cair. Ao contrário: um pequeno deslize pode colocar tudo a perder.

Na Bíblia Sagrada com Anotações de Fé do Bispo Edir Macedo, ele explica que nem todos os que supõem estar firmes na fé e seguros diante de Deus realmente estão. “A confiança de Israel em suas próprias forças e a ‘eleição definitiva’ do Altíssimo causaram a ruína da nação. O povo pensava que, por ter sido escolhido por Ele, não precisava mais zelar por sua vida espiritual ou vigiar suas atitudes”, esclarece.

Há quem pense que essa queda aconteça apenas por conta de atitudes ou pecados “grotescos”, mas na verdade a queda começa pelo que é pequeno. “Todos correm risco de cair em pecado, principalmente aqueles que se permitem cometer ‘inofensivos’ deslizes acreditando que a graça os absolverá das consequências dos seus erros”, avalia o Bispo.

Esses pequenos deslizes podem ser desde uma “mentirinha boba”, um olhar de cobiça escondido a alguém que não seja o cônjuge, não devolver o troco quando viu que estava a mais, falar mal de alguém pelas costas, buscar elogios nas redes sociais para alimentar a vaidade até xingar alguém em uma discussão de trânsito. Os exemplos podem ser infinitos por causa da inclinação humana para o erro.

Ainda que alguns julguem essas atitudes como insignificantes, na verdade são tão pecado quanto os outros considerados sérios. Além disso, essas pequenas ações podem se transformar em hábitos e comportamentos errôneos que se tornam cada vez maiores. E o diabo, inimigo que é, ronda o ser humano como leão, procurando uma forma de destruí-lo (1 Pedro 5.8). Ele usa das concupiscências e desatenções humanas para tentá-lo e fazer com que peque contra Deus.

E não é porque a pessoa está “firme” na Igreja que seu erro será relevado. Todos precisam estar vigilantes para não cometer deslizes, pois todas as ações têm consequências e todo pecado nos afasta de Deus. “E o problema não é o lugar em que estamos ou a posição que ocupamos no momento, pois Lúcifer estava no Céu; Adão e Eva estavam no Paraíso; Sansão estava como juiz de Israel; Davi descansava em seu palácio; e Salomão estava envolto de muitas riquezas e conhecimentos, mas mesmo assim caíram”, reforça o Bispo Sidnei Marques, responsável pelo trabalho evangelístico do Distrito Federal, em postagem no blog do Bispo Edir Macedo.

Dessa forma, é possível concluir que a fé e a Salvação não são estáticas e nem garantidas, quando alcançada ou praticada e, por isso, o cristão deve seguir o conselho de Paulo, sem se dar por vencedor e relaxar ou descansar em sua fé. É preciso estar atento e vigilante para não ser surpreendido pelas estratégias do diabo. “Para podermos permanecer na fé, precisamos orar ao Pai para que Ele nos dê forças para podermos suportar e vencer toda e qualquer tentação. Somente a vigilância e uma vida de comunhão e confiança em Deus poderão nos livrar e nos proteger de todo o mal”, ressalta o Bispo Sidnei.

E, se por acaso você perdeu sua comunhão com Deus e caiu, ainda tem a oportunidade de se redimir, assim como fez o rei Davi, que se arrependeu sinceramente, se levantou e guardou a sua fé como nunca antes. “Quem é sábio vigia e guarda com temor a sua fé. Além disso, preserva sua mente firmada nas Escrituras Sagradas, pois entende que sua força vem de Deus. Por esse motivo, é humilde em suas palavras, em suas atitudes e em seus pensamentos”, conclui o Bispo Macedo.

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