Mark Zuckerberg (Instagram, FaceBook e WhatsApp) faz um movimento à direita e contraria a esquerda. Entenda o caso
Decisão aponta para mudança de posicionamento da empresa
Mark Zuckerberg, CEO da Meta (empresa que controla o Instagram, o WhatsApp e o Facebook), anunciou que suas redes sociais deixarão o modelo de “checadores de fake news” e passarão a adotar as “notas de comunidade”, atividade adotada pelo X (antigo Twitter).
O que está acontecendo:
Por meio de um vídeo divulgado no blog da Meta, no dia 7 de janeiro, Zuckerberg explicou que os profissionais que serviam como “fiscais das notícias” eram na verdade sensores com lado politico bem definido normalmente da esquerda. Assim, ele complementou: “hora de voltar às nossas raízes em torno da liberdade de expressão”. A decisão se alinha com a plataforma X (antigo Twitter), de Elon Musk.
As “notas de comunidade” funcionam com o apoio dos próprios usuários, que podem apontar para a credibilidade ou não de um conteúdo. Além disso, Zuckerberg explicou que concorda com Trump sobre ir contra a “censura”.
Como funcionavam as checagens:
No modelo anterior, a Meta contratava empresas que faziam as checagens das notícias, em cerca de 60 idiomas. No Brasil, havia, pelo menos, 5 desses prestadores. Entretanto, havia muita “censura” (palavra que o próprio Zuckerberg usou) por parte dos profissionais. Em outras palavras, sobretudo na política, as avaliações eram tendenciosas, em favor da agenda esquerdista – de modo que se perdia a credibilidade com o modelo de “sensores”.
Nesse sentido, como Zuckerberg acrescentou, as eleições americanas, que trouxeram Donald Trump ao poder, marcaram uma reviravolta no cerceamento dos valores políticos da população, que já vinha se incomodando com o posicionamento de Joe Biden e sua agenda progressista, culminando na insatisfação das urnas, com a forte guinada à direita política de Trump e o congresso americano.
O que notar:
Entretanto, em vez da nova medida ter sido bem recebida pela esquerda política, que tanto diz defender a democracia, o que se viu foi uma forte oposição a Zuckerberg. Isto ocorreu porque, para se manter no poder, a esquerda política, historicamente, busca a coerção das liberdades individuais. Quando se diz que é necessário “regular as redes sociais para que as pessoas não divulguem desinformações”, há uma censura no pano de fundo, porque quem determina o que é “desinformação” ou não são os reguladores e não a população.
Fique de olho:
O tema pode ter implicações para além do ambiente político. Por isso, é importante que se acompanhe os desdobramentos deste cenário.