Marketing pessoal: como construir uma boa imagem?

Além do mundo real, as empresas estão cada vez mais atentas ao que acontece nas redes sociais dos candidatos. Saiba como usá-las a seu favor

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Existem muitos fatores que são considerados prioritários para a construção de uma carreira bem-sucedida, entre eles o esforço, a dedicação, a boa comunicação e o conhecimento. Contudo há uma característica que pesa cada vez mais na hora de definir uma contratação ou a manutenção de um funcionário em uma empresa: o marketing pessoal.

À primeira vista parece que não há relação entre marketing e a vida da pessoa, mas, em inúmeras ocasiões, a imagem de um profissional comunica mais o que ele é do que aquilo que ele diz que é.

Afinal, o que é o marketing pessoal? “É a atividade voltada à divulgação das experiências e competências de um possível candidato a uma vaga através de diversos meios, entre eles o currículo, o videocurrículo, as redes sociais específicas (LinkedIn), etc.”, comenta Djalma Moraes, consultor de recursos humanos.

Se o currículo e a apresentação precisam estar adequados no momento de buscar uma vaga no mercado de trabalho, as mesmas técnicas e estratégias devem ser usadas pelo profissional para se valorizar no dia a dia, o que o fará ser notado de um modo positivo por quem está a seu redor.

Para que o marketing pessoal seja eficiente, é preciso ressaltar que valorizar qualidades é diferente de inventá-las. Na tentativa de chamar a atenção para si à força, há quem minta em relação a suas habilidades ou aumente experiências, o que pode prejudicar sua carreira e sua credibilidade, explica Moraes: “entre os riscos maiores estão o descrédito e a perda da confiabilidade perante a empresa. Além do mais, não é possível sustentar uma mentira por muito tempo”.

A importância dos detalhes
Para ser um bom profissional é necessário desenvolver um conjunto de fatores que vai além da habilidade para executar tarefas, como a forma como a pessoa lida com seus colegas, o jeito de falar, de se comportar e de se vestir. É praticamente impossível desconectar uma coisa da outra. Tanto é verdade que uma pesquisa desenvolvida pela consultoria Robert Half com executivos de recursos humanos mostrou que 45% dos profissionais brasileiros entrevistados afirmaram que o modo de se vestir influenciava de forma significativa na possibilidade de ganhar uma promoção.

A pesquisa é de 2013, mas esse conceito não mudou muito. Em artigo publicado neste ano, a mesma consultoria recomenda que “a maneira de se vestir perdeu o caráter obrigatório da seriedade. Ela se transformou em uma forma de transmitir a sua imagem e o seu conhecimento sobre a empresa. Tenha bom senso e procure usar roupas de tons claros, poucos adereços, sem decotes e de acordo com o cargo que está buscando. A forma como você se veste mostra muito o que você é e o que sabe sobre o contratante”.

Além das aparências
Para conhecer mais sobre uma pessoa atualmente, basta olhar suas redes sociais. Elas podem levar um candidato mais perto de uma vaga ou para longe dela. E, para quem entende isso, a internet pode ser usada como uma estratégia para divulgar o trabalho profissional e fazer com que ele se torne uma referência na área, sendo lembrado inclusive por amigos como alguém com “autoridade” em determinado assunto. Dessa forma, em momentos de recolocação profissional, não será difícil conseguir uma indicação para um novo trabalho. É o chamado networking ou rede de contatos.

Além do comportamento consciente on-line, no mundo off-line atitudes cordiais sempre chamam a atenção. Vale lembrar que existem diferenças entre cordialidade e bajulação. Intenções erradas durante uma conversa ou mesmo em um relacionamento profissional são facilmente identificadas e podem causar um efeito contrário, ou seja, um afastamento. Em contrapartida, ser proativo e tomar a frente para resolver problemas pode chamar atenção de maneira positiva.

Para o consultor Djalma Moraes, cada uma dessas atitudes tem o objetivo de mostrar o melhor do profissional de forma verídica para a construção de uma imagem profissional e não uma manipulação de informações. Para isso é primordial que haja respeito pela ética de cada profissão. “Veja os casos de falsos médicos, diretores da Petrobras envolvidos em escândalos, abusos sexuais cometidos por profissionais renomados e famosos. Para construir uma boa imagem é preciso dedicação, empenho e coragem para enfrentar os desafios e tentações. Para destruí-la, é só seguir o caminho inverso”, finaliza.

Questão de fé
A própria Bíblia orienta a respeito da boa conduta, da honestidade e da discrição no vestir e no falar. O cristão, como testemunha de Jesus na Terra, precisa ter consciência de que suas ações também demonstram sua fé. Para aqueles que desejam aprender como aplicar os conceitos da Fé inteligente na vida profissional, todas as segundas-feiras acontece o Novo Congresso para o Sucesso, no Templo de Salomão, em São Paulo, e em todos os templos da Universal.

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Colaborador

Cinthia Cardoso / Foto: getty images / Arte: Eder Santos