Melhor idade: Como se proteger de possíveis danos mentais causados pelo isolamento
O suicídio do ator Flávio Migliaccio nesta semana serve como um alerta sobre a necessidade de cuidarmos da saúde psicológica dos nossos idosos
A notícia da morte do ator Flávio Migliaccio, de 85 anos (foto abaixo, ao lado do filho Marcelo Migliaccio), pegou a todos de surpresa e chocou a classe artística esta semana.
A morte do ator traz um alerta sobre os danos mentais que o isolamento social pode causar num indivíduo, especialmente o idoso, tendo em vista que muitos deles moram sozinhos, o que acentua, ainda mais, a sensação de solidão e, consequentemente, o quadro depressivo.
Para o Bispo Antonio Santana, responsável nacional do grupo Calebe, essa pandemia tem afetado, principalmente, as pessoas da melhor idade, pois, por se tratar de um grupo de risco, precisam ficar isoladas e privadas do convívio familiar e social.
Isolados e sem alternativa
Ele explica que muitos idosos são muito ativos, estão sempre envolvidos com alguma atividade, mas agora devido ao isolamento estão parados e, pior, estão impedidos de serem visitados por seus familiares.
“Existem casos de pessoas da melhor idade que ficavam sozinhas, mas no final de semana tinham seus familiares perto, almoçando juntos, conversando, enfim. E hoje eles estão isolados, afastados. Então, para aqueles que tinham o hábito de estar sempre rodeados pela família, foi um baque muito grande, porque para preservá-los, seus filhos e parentes não podem mais estar junto”, lamenta o Bispo.
Ele destaca, também, a existência de outro grupo de idosos que vivem sozinhos, porque não têm família, mas viam nas atividades de grupo que realizavam, como esporte, artesanato, dança, entre outras, formas de driblar a solidão.
Atividades, inclusive, que o Grupo Calebe promove em seus projetos, mas por conta da quarentena está impossibilitado de proporcionar a eles.
Construa uma nova rotina
“Esse tem sido um problema sério. Porque eles estão presos dentro de casa, sem alternativa. A maioria não tem o hábito de usar a internet, as redes sociais, etc. Então, sentem falta de conversar pessoalmente com as amigas”, esclarece o Bispo Santana.
De acordo com o médico psiquiatra Jair de Jesus Mari, professor titular e chefe do Departamento de Psiquiatria da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp), para se combater o isolamento psicológico é muito importante não perder a conexão com amigos e familiares, hoje facilitada pelos celulares e internet. Ele destaca a importância de construir uma nova rotina, tirar o pijama e buscar fazer atividades lúdicas como pintar, ler, ouvir músicas e organizar fotografias.
Estratégias adotada pelo Grupo Calebe
Para ajudá-los a atravessar esse período de isolamento, o Grupo Calebe tem adotado algumas estratégias para tornar esses dias mais prazerosos e afastar o fantasma da depressão.
“Estamos fazendo um trabalho de suporte espiritual por meio de oração e de palavras motivacionais. Por isso, estamos incentivando-os a usar as redes sociais, pois, semanalmente, criamos algo novo para eles”, explica o Bispo.
Ele conta que tirar foto com o animal de estimação e a leitura de um bom livro são algumas das atividades já propostas.
Para saber mais sobre o trabalho desenvolvido pelo grupo Calebe, clique aqui.
Se você se encontra depressivo ou ansioso por conta de tudo que tem vivenciado nas últimas semanas procure um atendimento individual em uma Universal mais próxima de sua casa ou, se preferir, converse pelo Pastor Online. Acompanhe também a programação diária da Universal que é transmitida pelas redes sociais, pelos canais de televisão 21, CNT e Rede Família, além da Rede Aleluia de rádio.