No cotidiano masculino, muitas interações são marcadas por pequenas provocações, piadinhas e comentários sarcásticos. Até homens mais velhos, que deveriam ser maduros, apresentam esse tipo de comportamento infantil. Embora para alguns essas atitudes pareçam inofensivas, quem as recebe, muitas vezes, fica ressentido.

As microagressões, embora sutis, carregam uma parcela de preconceito e de discriminação, especialmente quando abordam características físicas. Constam das supostas brincadeiras falar do peso ou do cabelo, fazer o chifrinho na hora da foto, dar um soquinho mais forte no braço, enfim, exemplos não faltam. Para quem é alvo desses comentários, a dúvida persiste: será que há um fundo de verdade nessas palavras?

Aliás, a Bíblia questiona, em Mateus 12.34: “Como podeis vós dizer boas coisas, sendo maus? Pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca”. Ou seja, se um homem está “fazendo piadinhas” sobre outro é porque, no fundo, ele pensa aquilo e acha engraçado.

Aja como homem
Interagir de forma madura e respeitosa em qualquer ambiente e com qualquer pessoa exige inteligência e maturidade que nem todo homem tem. Mas a intimidade e a descontração não podem servir de desculpa para atitudes depreciativas.

Os efeitos das microagressões são profundas e muitas vezes invisíveis. Elas tornam o ambiente tóxico e minam a confiança e o respeito mútuo.

Em vez de promover a camaradagem, essas ações geram divisão e desconforto.

Palavras e ações têm impacto. Cada microagressão contribui para a perpetuação de estereótipos prejudiciais e para a criação de barreiras à inclusão e à igualdade. Comprometa-se a não participar de nenhuma forma de discriminação, por menor que ela seja. Se você é homem, interaja como tal, não como um moleque.