"Minha alma gritava por socorro"

Eliane Camargo precisou estar de frente com a morte para entender o seu valor

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O sentimento de autorrejeição fez parte da vida da empresária Eliane Araújo Camargo, de 40 anos (foto acima), desde a infância. Aos 14 anos, o vício em álcool também começou a integrar sua rotina. “Tinha insônia e dores de cabeça que não me deixavam dormir e, por isso, passava a noite toda bebendo. Isso se tornou um refúgio para minhas ‘neuras’ e inseguranças”, conta. Ela ressalta que logo começou a fumar cigarro por influência dos “amigos” do colégio.
Com o passar do tempo, os pensamentos de morte também começaram a surgir. “Vozes me convenciam de que a minha vida não tinha valor e que o melhor que eu poderia fazer era acabar com ela. Sempre que via um carro em alta velocidade ou um trem ouvia dentro de mim: ‘acaba com tudo, ninguém vai sentir sua falta.’ Eu pedia a Deus para que Ele tirasse minha vida.” Ela descreve que também tomava os remédios controlados de seus pais, que eram muito doentes. “Por duas vezes, os tomei almejando o fim de minha vida.”
Sentimentos
Por causa da própria infelicidade, Eliane não conseguia ficar bem diante da felicidade das pessoas e as invejava. “A pessoa sente inveja porque não está bem consigo mesma e procura defeitos nas outras. Quando eu via uma pessoa feliz, bonita ou conquistando algo sentia ódio.”
As suas insatisfações apontavam para o vácuo que existia dentro dela. “O vazio que me acompanhava era tão grande que eu aceitava tudo o que me apresentavam para ter minutos de felicidade. Minha alma gritava por socorro, pois estava massacrada.”
Mudança
A irmã de Eliane enfrentava um problema de saúde quando seus pais e ela conheceram a Universal. Mas, por causa do preconceito que tinha da Igreja, Eliane resistia às mensagens que ouvia dos pastores. Certo domingo pela manhã, depois de ter participado de uma reunião, ela decidiu que não voltaria mais. Só que um acontecimento na tarde do mesmo dia a fez mudar de ideia: quando voltava da casa de alguns amigos, o veículo em que ela estava perdeu o controle e se envolveu em um acidente. “Foi uma colisão muito grave e eu me vi ali morta.”
Então, Eliane se lembrou das palavras do pastor naquela manhã e notou que Deus estava lhe dando a chance de viver. A partir daí, ela decidiu se entregar totalmente a Deus.
Agora, ela relata por que é feliz:“o Espírito Santo preencheu o vazio que eu tinha. Realizei sonhos e conquistei bens, viajei, sou profissionalmente realizada, tenho um casamento dos sonhos e a família e a saúde restauradas. Amo minha vida e tudo o que há nela”.

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Colaborador

Flavia Francellino / Foto: Cedida