Minha família no Esconderijo do Altíssimo
Em uma sociedade em que até a vida vem perdendo o seu valor, apenas Deus é capaz de guardar e livrar aqueles que o amam
A família no Brasil e no mundo está completamente desfigurada. Valores e ideais cultivados por essa instituição vêm se perdendo e deixando rastros de destruição. Sem uma referência adequada, a construção do lar, muitas vezes, é atropelada pela precipitação e pela crença de que a felicidade acontece automaticamente com a união de duas pessoas. O que temos visto, então, é o aumento de separações e a facilidade de colocar um fim ao matrimônio. Neste ano, por exemplo, o Brasil superou a marca de um milhão de divórcios extrajudiciais, que são realizados apenas acionando o cartório, sem a necessidade de um processo na justiça.
Além desse dado, muitos outros chamam a atenção: segundo o Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2022, quase todos os crimes contra crianças e adolescentes tiveram crescimento quando comparados com os dados de 2021. O crime de exploração sexual foi o que mais cresceu (16,4%), seguido pelo de estupro (15,3%), sem contar os casos de abandono de incapaz e os maus-tratos.
A violência doméstica também teve um aumento considerável, assim como os chamados crimes de proximidade, que começam com discussões entre vizinhos ou mesmo conflitos dentro de casa e que acabam em morte. Não há estatística que fale sobre esse tipo específico de problema social, mas a percepção que se tem é que nunca foi tão grande o número de pais matando filhos, o de filhos matando os pais e o de parentes brigando por incontáveis motivos.
Partindo do princípio de que a família é o primeiro contato do ser humano com o mundo e o ambiente onde ele começa a construir as suas percepções, destruir essa base, portanto, é o caminho mais fácil para afetar toda a sociedade. E é esse o plano do mal.
A raiz do problema
Deus criou todas as coisas com ordem e disciplina, inclusive a família, que, quando segue os preceitos estabelecidos pelo Criador, faz com que seus integrantes se desenvolvam de forma saudável. Em contrapartida, o diabo trabalha diariamente para destruir os lares e sua ação acontece por meio da infidelidade, dos vícios, dos conflitos, da pornografia e de sentimentos malignos como ciúme, inveja e ódio. “O ódio é uma energia negativa muito forte. Por ódio a pessoa pode matar, sumir, agredir, entrar para o crime e olhar para todo mundo como inimigo. O ódio é uma força muito poderosa que, quando se instala dentro do ser humano, faz com que ele seja capaz de qualquer coisa”, explicou o Bispo Renato Cardoso, no programa Entrelinhas, exibido pelo Univer Vídeo no último dia 17 de setembro.
Na prática, o diabo não precisa de muito para acabar com um lar, pois, ao afetar um único integrante, ele consegue alcançar os demais. Por isso, é preciso protegêlo. “Para buscar a proteção de uma casa fisicamente, as pessoas fortalecem a estrutura dela, como aumentar a altura do muro ou colocar sistema de câmeras. Mas, sobre a questão espiritual, não há nenhum investimento (material) que possa ser feito para impedir a entrada do mal. Se a família estiver desprotegida espiritualmente, ele entra e faz com que a violência parta da própria família. Ou seja, os filhos se levantam contra os pais, um irmão tira sangue do outro irmão, etc.”, explicou o Bispo.
No Esconderijo do Altíssimo
Deus dá tanta importância à família que deixou nas Escrituras Sagradas uma série de promessas para o lar daqueles que creem em Sua Palavra, entre elas a de protegê-lo. Em Salmos 91 está escrito que “Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará” e mais adiante que “nenhum mal te sucederá, nem praga alguma chegará à tua tenda. Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos” (Salmos 91.1-11).Dessa forma, o indivíduo que está com a própria vida e a vida dos seus familiares noEsconderijo do Altíssimo, ou seja, sob Seu abrigo, está seguro de todos os males, como acidentes, doenças, vícios e outros problemas.
Entre os exemplos bíblicos de pessoas que colocaram a sua família sob a proteção de Deus está Noé, conforme foi registrado em Hebreus 11.7: “Pela fé, Noé, divinamente avisado das coisas que ainda não se viam, temeu e, para salvação da sua família, preparou a arca, pela qual condenou o mundo, e foi feito herdeiro da justiça que é segundo a fé”. “Deus avisou do dilúvio. Então, aquela arca se tornou o Esconderijo do Altíssimo para Noé e sua família. Ou seja, ele foi avisado, agiu sobre aquele aviso e Deus cumpriu na vida de Noé e de sua família a Palavra dEle”, salientou o Bispo Renato.
Hoje, os noticiários também alertam sobre os mais diversos riscos a que uma pessoa está suscetível e, como está descrito aqui nesta matéria, é possível entender o que está por trás deles. Por isso, há a importância de colocar a família no Esconderijo de Deus.
“Eu tinha ódio de todos”
Deuzimar Marques Ferreira, (foto abaixo) de 44 anos, conheceu a Universal enquanto os filhos ainda eram pequenos e eles cresceram aprendendo sobre a importância da Presença de Deus. Porém, na adolescência, Flávia Marques da Silva Lima, hoje com 28 anos, passou a dar mais ouvidos para os amigos. “Até os 15 anos, ela era uma jovem como outras, até que começou a fumar cigarro. Quando dei por mim, ela já estava usando maconha, narguilé, balinha [ecstasy] e álcool”, comenta a mãe.
Deparar-se com a presença das drogas dentro de casa foi como ver o sonho de uma família unida ir por água abaixo. “O chão saiu dos meus pés. A Flávia, que era caseira e comportada, passou a ficar distante e passava mais tempo fora de casa do que dentro. Ela me desobedecia e me deixava preocupada”, conta Deuzimar.
Esses eram os gatilhos necessários para dar início a uma série de brigas. “Quando ela saía e voltava para casa bêbada ou sob efeito de drogas, nós tínhamos medo, porque ela era muito agressiva e fazia uma série de ameaças. Dormíamos com a porta do quarto trancada”, comenta Edvaldo Ferreira da Silva, de 55 anos, marido de Deuzimar e padrasto de Flávia, responsável também por buscar pela transformação da enteada.
Flávia lembra dos sentimentos que alimentava: “eu tinha ódio de todos, principalmente da minha mãe, e não queria estar perto dela. Tanto que na época eu saí de casa e fui para o interior de São Paulo. Passei três anos sem dar nenhum tipo de notícia, pois queria distância da minha família”.
Além dos vícios, Flávia descobriu que tinha lúpus – doença inflamatória crônica de origem autoimune (que acontece quando o próprio organismo ataca os órgãos e os tecidos). A mãe conta como foi o período: “a doença afetou os dois rins e ela teve que fazer hemodiálise. Mas, por causa do vício, ela não fazia o tratamento direito, nem tomava os remédios, chegando ao ponto de perder a funcionalidade dos órgãos e entrar na fila do transplante”.
Aos olhos humanos, a mudança de Flávia era impossível, afinal nem o risco de vida a fez abandonar os vícios. Mesmo assim, Deuzimar depositou toda a sua confiança no Altar. Em contrapartida, ela também precisou mudar. “Eu não entendia que tinha um espírito por trás de todo o nosso sofrimento, mas, quando eu tive esse entendimento, parei de lutar contra a Flávia e passei a lutar contra o espírito do vício e a ajudá-la”.
Ao todo, foram sete anos perseverando nas promessas de Deus, até que Flávia entendeu que não tinha outro caminho. “Comecei a participar das reuniões e fui liberta dos vícios, de todos os sentimentos ruins, do nervosismo e de tudo o que eu fazia de errado”, conta a jovem. A mudança dela hoje é confirmada pela mãe: “antes não conseguíamos ficar juntas e hoje nós trabalhamos juntas. Ela tem um comportamento completamente diferente e, além de ter sido curada dos vícios, está curada do lúpus, os rins voltaram a funcionar e ela tem saúde. Deus fez tudo completo”.
A família, que antes convivia com medo e com a destruição, hoje tem paz. “Quando entendi que o problema era espiritual, vi que era questão de vida ou morte. Então lutei com todas as forças, coloquei Deus acima de tudo e confiei nEle”, diz Deuzimar.
O livramento pela fé
Após um dia de passeio, o músico Gabriel Nunes de Oliveira, de 31 anos, deixou a namorada, hoje esposa, na casa dela e seguiu para a sua residência, onde morava com os pais. O que ele não esperava é que aquele trajeto seria interrompido por uma tragédia. “Eu estava acima da velocidade permitida e perdi o controle do carro, que bateu em um poste. Os moradores da região chamaram o resgate e, quando a ambulância chegou, eu já estava em coma. Fiquei assim por 18 dias”, relembra.
Ele sofreu uma série de traumas no corpo e por isso sua recuperação foi dolorosa. “Eu quebrei quatro costelas, três vértebras da coluna e a minha bacia em cinco lugares diferentes. Tive traumatismo intracraniano, o meu pulmão esquerdo teve acúmulo de líquido, fiquei intubado e posteriormente fui submetido a uma traqueostomia”, conta.
Nesse estado crítico, Gabriel seguiu em direção ao hospital enquanto a polícia falou sobre o acidente para os seus pais. “Inicialmente foi um choque. Os policiais contaram o que tinha acontecido e mostraram a foto do acidente. Naquele momento eu deixei meu marido conversando com eles, fui para outro cômodo, peguei uma foto da família, coloquei no chão e dobrei meu joelho. Orei a Deus e entreguei a Ele a vida do Gabriel”, comenta a mãe dele, Edite Nunes Silva de Oliveira, (foto abaixo) de 62 anos.
Foram 52 dias convivendo com as mais difíceis informações no hospital, inclusive a respeito de uma lesão cerebral que comprometia os movimentos do lado direito do corpo. “Quando eu acordei, não sabia o que tinha acontecido. Sem poder falar por conta da traqueostomia, eu me comunicava com os olhos. Um pouco depois, percebi que tinha perdido a coordenação motora e tremia muito”, conta Gabriel.
O baque afetou toda a família, mas a Fé foi a aliada de todos. “Foi uma luta, mas não abrimos mão de buscar primeiro com Deus. Antes de ir ao hospital, eu ia à igreja. Fazia propósitos, ungia meu filho e, inclusive, reuní todos os envelopes de votos atrasados que ele tinha no quarto e coloquei no Altar com um valor que eu recebi, na mesma semana do acidente, de uma pessoa para a qual meu filho havia emprestado dinheiro. Pedi perdão a Deus e entreguei mais uma vez a vida do Gabriel a Ele”, comenta Edite.
A recuperação do músico não foi fácil, mas aquela situação abriu os olhos dele para o que era verdadeiramente importante. “Eu tocava violino desde os 11 anos e me vi sem conseguir fazer os movimentos mais simples. Ali eu vi que não tinha mais jeito com a força do meu braço e que a minha vida dependia só de Deus. Como eu já tinha essa semente da fé, orei e me entreguei por completo para Ele”, afirma.
Edite fala sobre a transformação que viu no filho: “Deus me devolveu um outro filho. Quebrou, consertou e me deu um novo, melhor do que ele era”. Ela finaliza falando sobre a importância de estar no Esconderijo do Altíssimo: “eu não deixo a minha família fora do Altar. Estamos vivendo em um mundo onde acontece uma tragédia atrás da outra e a vida parece não ter valor. Assim, só estamos seguros nas Mãos de Deus”.
Da prisão para o Altar
Há famílias que já começam desestruturadas, como aconteceu com Wagner Monteiro dos Santos, (foto abaixo) de 45 anos, e Cintia Aparecida Monteiro dos Santos, de 37 anos. Quando eles se conheceram, Cintia já tinha conhecido as drogas e estava grávida de um relacionamento anterior que havia tido com um rapaz, enquanto Wagner era conhecido no bairro onde morava por comercializar entorpecentes. “Ainda menor de idade, eu já estava na criminalidade. Fui para a Febem algumas vezes e alimentava o ódio de tudo e todos. Depois de adulto nada mudou e fui preso por tráfico de drogas e assalto à mão armada”, detalha Wagner.
Os dois, que, portanto, já vinham de lares destruídos e estavam sem rumo, decidiram se unir, mas o resultado obtido disso foi um longo período de sofrimento. “Ela sofreu muito comigo. Para me visitar na cadeia, passava por toda aquela humilhação e ainda era obrigada a fazer coisas que eu pedia para que fizesse, como levar drogas e armas a determinados lugares”, diz Wagner.
A mãe dele já conhecia a Universal e sempre lhe falava sobre a possibilidade de mudar de vida, porém ele nunca lhe dava ouvidos. Contudo, cansada do sofrimento, Cintia resolveu aceitar o convite. “Eu comecei a ir à igreja e as pessoas me tratavam bem, me davam apoio para mudar e eu passei a ter consciência de que tudo o que eu fazia poderia prejudicar meus filhos”, recorda. Assim, Cintia parou de se envolver com a criminalidade e passou a focar nas coisas de Deus. “Eu queria conhecer esse Deus que transforma vidas, então tomei a decisão de não fazer mais nada errado. Inclusive, na prisão, falei para ele que, se ele saísse e não mudasse, não continuaríamos juntos”.
Mesmo Wagner sendo completamente contra aquela decisão, Cintia manifestava a Fé. “Antes de visitá-lo, eu ia para a igreja, ungia a comida e depois levava para ele. E ele começou a ver a mudança no meu comportamento e nas minhas reações”, diz ela. Aos poucos, Wagner despertou para a Fé e passou a acompanhar a programação da igreja na TV e a ler a Folha Universal. Logo, ele saiu da prisão. “Ali eu vi que Deus tinha me abençoado, mas, mesmo assim, continuei na criminalidade e ela na igreja, o que gerava conflitos. Até que um dia, fomos apresentar nosso terceiro filho no Altar e a oração do pastor me fez ver minha verdadeira condição. Comecei a frequentar a igreja e pedi a Deus um caminho para sustentar a minhafamília de forma digna”.
A sinceridade de Wagner o levou a conhecer a Deus, a abandonar o crime e a mudar sua trajetória. “Terminei os estudos, fiz cursos para entrar no mercado de trabalho e as coisas começaram a acontecer. De voto em voto, fui perseverando e fui batizado com o Espírito Santo. Hoje posso dar o melhor para a minha família em todos os sentidos”, garante ele.
A transformação da família não aconteceu do dia para noite, mas iniciou e dependeu da perseverança de um membro dela. “Hoje estamos com a vida nas Mãos de Deus e Ele nos guarda. E, se vier qualquer tipo de situação que aparentemente não é boa, sabemos que foi Deus que permitiu e mantemos a paz”, conclui Wagner.
A atitude que traz resultado
Uma família feliz e estruturada tem sido apenas um sonho para muita gente que convive com os impactos negativos dos problemas existentes na sociedade. Conversas, brigas e agressões, por exemplo, não resolvem um problema que está no interior de uma pessoa. Isso porque, enquanto a força humana é limitada, o poder de Deus é sobrenatural e capaz de transformar casos perdidos em histórias de superação.
“Você tem que plantar, fazer a sua parte. E é isso que nós vamos propor no dia da ‘Minha Família no Esconderijo do Altíssimo’. Será um momento para você derramar suas dores, suas queixas, seus medos, para que Deus venha cuidar da sua família”, explicou o Bispo Renato Cardoso.
Prepare-se, então, para fazer algo diferente em prol do seu lar e alcançar resultados diferentes. O evento “Minha Família no Esconderijo do Altíssimo” será no dia 12 de outubro, quinta-feira, feriado, no Templo de Salomão e em todos os templos da Universal. Para encontrar o mais próximo de você, acesse universal.org/localizar.