“Minha sogra e minha cunhada vieram morar conosco”

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No A Escola do Amor Responde desta semana, os professores Renato e Cristiane Cardoso aconselham uma aluna quanto ao que fazer com a sogra e a cunhada que foram morar em sua casa. Ela questiona se sua atitude de pedir ao esposo que resolva essa situação foi correta.
Aluna – Estou casada há um ano e alguns meses. A mãe do meu esposo e a irmã dele, de 12 anos, vieram morar conosco aqui nos Estados Unidos. Vocês acham que isso está certo? Não houve briga entre nós, mas essa situação me incomoda muito, pois não tenho mais privacidade com ele. Qual é o conselho que vocês podem me dar? Eu dei um prazo de seis meses para que fale com elas e proponha que arrumem um lugar para ficar. Eu agi errado?
Renato – A questão não é se você acertou ou errou, mas o que foi combinado entre vocês. Algumas pessoas não se incomodam com esse tipo de interferência, mas muitas não gostam, principalmente no início do casamento, quando o casal está tentando ainda se tornar um e um se adaptar ao outro. A presença de outras pessoas pode mudar totalmente a dinâmica do lar, como já mudou no seu caso. Você cita a questão da privacidade, mas creio que há outras coisas também. O aspecto principal aqui é a sua tolerância. Pelo jeito, você já disse ao seu marido que não vai tolerar isso para sempre. Mas deveria ter existido um acordo antes de elas morarem com vocês e não depois, como aconteceu com vocês.
Cristiane – O erro aqui foi vocês não terem combinado isso com antecedência. O que parece é que elas simplesmente foram morar na sua casa sem nenhum planejamento. Realmente eu não vejo erro da sua parte por ter falado para o seu marido que elas têm que conseguir outro lugar para morar. Existem pessoas que não veem problema nessa situação. Há sogras que não tiram a liberdade do casal e até procuram dar o máximo de privacidade a ele. Só gostam de estar perto, de conversar e não querem perder o filho. Porém, no seu caso, você não concorda com isso e está no seu direito de querer morar apenas com ele na casa de vocês. Você disse que não brigaram e isso me leva a pensar que seu esposo também entende que seu pedido
não foi errado.
Renato – Estamos presumindo que sua sogra e sua cunhada estejam passando um tempo com vocês e que você deu um prazo, um limite de seis meses, para que seu marido resolva essa situação. Contudo você precisa saber qual é o plano dele. Ele só falou para você deixar com ele e não fez nada a respeito? Porque, se for assim, daqui a seis meses essa bomba pode explodir novamente. Por isso, nesse momento, é importante você ter equilíbrio e não se tornar chata por ficar falando do assunto a toda hora ou perguntando se ele já falou com elas. Você precisa ter uma conversa com ele, falar que não quer acabar com o clima na sua casa e, por isso, quer apenas saber como ele planeja resolver tudo isso. Ou seja, o cenário tem de ficar bem claro entre vocês, para que nesses seis meses você não fique de cara emburrada e olhando para o calendário, contando os dias e as horas para que elas saiam de sua casa. Depois de estabelecer um acordo, faça o melhor uso deste tempo, não transforme a situação em motivo de estresse e não fique de cara fechada. Tente aproveitar ao máximo o tempo com a sua sogra. Ela tem muito a lhe ensinar. Não só porque é uma pessoa mais madura, mas também por ser a mãe do seu marido. Ela conhece o seu marido e você ainda não o conhece – você está casada com ele há pouco mais de um ano. Aproveite para buscar informações sobre ele e tirar proveito de toda essa situação.
Cristiane – Aqui vai uma dica para as sogras: é preciso ter cuidado para que essa maturidade, essa experiência que vocês têm (mais do que a jovem recém-casada), não seja motivo de problemas entre vocês. Às vezes, esse tipo de conduta torna você uma pessoa difícil de conviver, uma vez que fica criticando tudo, repara no que a jovem recém-casada deixa de fazer ou faz de errado e não lembra que você também já esteve nessa posição, era imatura e que também não sabia fazer tudo. Não entendo a razão de muitas sogras e noras terem tantas dificuldades de se relacionar. Eu vejo que muitas mulheres levantam a bandeira do feminismo mas não se ajudam nem torcem umas pelas outras.
Renato – Parece que, em alguns casos, há uma concorrência constante e por isso uma critica a outra. Então, fica aqui essa reflexão para as sogras, mães e todas as mulheres.
A Escola do Amor Responde
Diariamente, Renato e Cristiane Cardoso esclarecem dúvidas sobre a vida amorosa. Se você deseja ouvir os podcasts com os programas apresentados por eles, acesse aqui.

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Colaborador

Camila Dantas / Foto: Fotolia