Mortes de influenciadores: que lição tirar
A importância de estabelecer limites em relação às redes
O boom das redes sociais mostrou a falta de limites do ser humano. Tanto para quem consome seu conteúdo como para quem cria. A morte recente de dois influenciadores digitais nos fazem refletir a respeito.
O que aconteceu:
Um francês conhecido no Instagram como Remi Enigma, de 30 anos, era famoso por compartilhar vídeos escalando altos prédios, sem autorização. No fim de julho, ele morreu após cair do 68º andar de um prédio residencial em Hong Kong. Ele tinha quase 28 mil seguidores e, depois do acidente, o número chegou a 47 mil.
Já Zhanna Samsonova era uma influenciadora russa famosa por ter uma alimentação natural (sem cozimento), sucos e smoothies (bebida obtida a partir da mistura de frutas, legumes ou vegetais). Ela também ensinava receitas.
De acordo com matéria do New York Post, ela teria falecido no dia 21 de julho último, após sofrer de inanição causada pela alimentação radical. A influenciadora teria procurado tratamento médico quando a situação piorou, mas não adiantou.
O que pensar:
Atualmente, boa parte das pessoas não pensa duas vezes antes de se expor nas redes em troca de visualizações e curtidas. Como nos casos acima, nem pensam nos riscos que sua vida pode correr.
“Se tornou uma fonte de angústias, disputas e preocupação com o que postar. Sem contar o medo e o estresse de não ser curtido ou bem falado. As redes sociais se tornaram um sucesso, porque preencheram o vazio da carência, das frustrações e da solidão”, reflete a escritora Núbia Siqueira.
Os que postam e os que consomem devem ficar atentos para não se deixar levar pela fábrica de ilusões das redes a ponto de perder coisas preciosas da vida real – e da eternidade.
“Não podemos evitar o avanço da tecnologia, ela terá o seu protagonismo cada vez maior no futuro, porém, não podemos deixar de pensar nos limites e nas perdas que vêm junto com a modernidade. Cuido para manter minha saúde mental e emocional, por isso, estabeleço limites com a internet. Sei que tem gente que trabalha nas redes sociais e depende delas, mas, a maioria está presa a um uso desnecessário. Quantos vídeos e publicações inúteis não vemos diariamente? Quantas horas perdidas que nunca mais teremos de volta? Que tal você também estabelecer os seus limites para se preservar?”, questiona.
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