O Bispo Edir Macedo e sua esposa, Ester Bezerra, haviam conquistado mais uma vez a concessão de passaportes diplomáticos em abril deste ano. O direito havia sido garantido pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE), mas, anulado no mesmo mês por conta de uma ação popular contra o casal, ao ministro Ernesto Araújo e ao MRE.

Recentemente, o Ministério Público Federal (MPF) optou em permitir os passaportes, pois entende que o Ministério pode conceder o benefício a pessoas que, na avaliação do ministro (Ernesto Araújo), “devam portá-lo em função do interesse do país”.

Ao autorizar o passaporte diplomático do casal, Araújo alegou que “o titular poderá desempenhar de maneira mais eficiente suas atividades em prol das comunidades brasileiras no exterior”.

Entenda

O porte de passaporte diplomático dá privilégio nas filas nos aeroportos internacionais e gratuidade na emissão do documento. Em alguns casos, dependendo do país, até dispensa a necessidade do visto.

O benefício também não pode ser visto como uma exclusividade. Afinal, não é a primeira vez que o Governo o concede a um líder religioso. Altas autoridades da Igreja Católica o recebem desde a Época Imperial. Outros líderes evangélicos também já o possuem.

Na ação que liberou os passaportes para o casal líder da Universal, o MPF reforçou que, como o Estado brasileiro é laico, deve ser dado tratamento igualitário para diferentes religiões.

A Igreja pelo mundo

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